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Depois de 2024 ser considerado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) o ano mais quente desde 1961, com média anual de 25,02°C, ou seja, 0,79°C acima da média histórica, o inverno de 2025 no Brasil deve voltar a apresentar características dentro do normal. Oficialmente, a estação mais fria do ano vai começar às 23h42 (horário de Brasília) desta sexta -feira (20/06), marcando o solstício de inverno no Hemisfério Sul.
Segundo a Nottus, empresa especializada em inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios, 2025 apresenta uma condição chamada de “neutralidade climática”, ou seja, a ausência dos fenômenos El Niño e La Niña. Com isso, a previsão é de retorno das frentes frias e do clima mais típico da estação.
Alexandre Nascimento, sócio-diretor e meteorologista da Nottus, explica que no mesmo período do ano passado o país registrou temperaturas entre 3°C e 5°C acima da média devido à influência do El Niño combinado às mudanças climáticas. “O mês de junho já vem sendo marcado pela presença constante de frentes frias e as ondas de frio devem continuar durante a nova estação. Neste ano, o cenário deve ser mais próximo da normalidade”, avalia o especialista.
Inverno mais frio e seco
O mês de julho deve apresentar uma diminuição no volume de chuvas na maior parte do Brasil e quedas significativas nas temperaturas, dentro do que se espera para o inverno. Em agosto, a expectativa é de aumento na precipitação e o avanço de frentes frias na Região Centro-Sul. Já em setembro, a umidade da Amazônia deve avançar por boa parte do país. “Não teremos extremos, mas sim um inverno mais típico, com frio presente”, afirma o executivo da Nottus.
Em Belo Horizonte, a temperatura das noites e madrugadas deve apresentar maior variação no decorrer dos próximos meses, com destaque para uma queda mais acentuada na temperatura no começo de agosto. As chuvas devem ocorrer somente entre o fim de agosto e início de setembro.
Na análise de agosto e setembro, 2024 registrou de três a quatro graus acima da média na capital mineira, chegando a 32ºC de média máxima. Este ano, a previsão fica mais próxima do esperado para a estação, com média máxima entre 26ºC e 28ºC.
Inverno mineiro
De acordo com o Inmet, o inverno em Minas Gerais se caracteriza por chuvas escassas normalmente associadas ao avanço de sistemas frontais e praticamente restritas ao Sul e à faixa Leste do estado. Entretanto, a circulação dos ventos, em baixos níveis da atmosfera, favorece o transporte de umidade do oceano para o interior do continente, mantendo maior nebulosidade na faixa Leste mineira, com formação de nevoeiro ao amanhecer.
Outra característica dos meses de inverno é a umidade abaixo de 30% em praticamente todo o estado. O período também é caracterizado por grande amplitude térmica diurna e predomínio de céu claro. As condições favorecem a formação de geada na região serrana do Sul do estado, principalmente durante os episódios frios.
Época de estiagem
A previsão do Inmet para o estado é de chuvas dentro da normalidade, ou seja escassas, e temperaturas acima da média, o que pode ser interpretado como menor ocorrência de episódios frios.
O estado bateu recorde de incêndios em vegetação em 2024, com mais de 29 mil ocorrências. Para evitar repetir as estatísticas, além de contar com ajuda da natureza, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) planeja intensificar ações já testadas e que deram bom resultado. Entre elas, a implantação de bases operacionais avançadas em Unidades de Conservação (UCs) durante o período crítico.
Prontidão na temporada dos incêndios florestais
Outra medida é a implementação de sistemas de gerenciamento de recursos centralizando todas as informações com a Sala de Coordenação Operacional, a fim de otimizar a disposição dos recursos humanos e logísticos de acordo com a necessidade. O sistema fará análises em tempo real apontando dados como os locais de maior risco e direção dos incêndios.
Comércio aquecido
Com a queda das temperaturas, espera-se um aquecimento no comércio, aponta a Nottus. Mesmo antes da chegada do inverno, as primeiras massas de ar frio do ano registradas em junho movimentaram o comércio no Dia dos Namorados (12/6), principalmente para setores como vestuário, restaurantes e hotéis.
A expectativa é que o cenário se repita no Dia dos Pais, em agosto, como reflexo de uma frente fria prevista para o fim de julho. O clima mais característico de inverno também deve impactar positivamente setores de turismo e gastronomia em cidades mais procuradas na época de frio, como Monte Verde, no Sul de Minas.
“O inverno do ano passado foi frustrante para esses segmentos, mas a tendência em 2025 é de um comportamento climático mais alinhado ao que se espera da estação”, diz Nascimento.
Além disso, a presença de chuvas e frentes frias devem beneficiar as safras previstas para o verão e a produção de energia, com a geração eólica atingindo nível normal ou acima do normal.
Atenuando o frio
Na última sexta-feira (13/6), Belo Horizonte registrou o dia mais frio do ano, com termômetros marcando 8,4°C. De acordo com a Defesa Civil da capital, a mínima foi registrada às 6h, na estação Cercadinho, na Região Oeste, com sensação térmica de -13,3°C.
“A tendência é de que vá continuar, mais ou menos, como está sendo observado já neste finalzinho de outono. Lembrando que outono é uma estação de transição, então, no final, é normal ouvir ‘se está frio agora, imagine no inverno’. Não necessariamente acontece dessa forma, mas é normal no final do outono a gente já ter características do inverno e é isso que estamos observando agora”, explica Nascimento.
Com a queda de temperatura, a prefeitura da capital distribuiu 600 cobertores para a população em situação de rua em todas as regionais da cidade na última quinta-feira (12/6). A medida faz parte de um protocolo da Secretaria Municipal de Assistência Social, que intensifica os cuidados com essa parcela da população que fica mais vulnerável às baixas temperaturas. Segundo a PBH, mais de mil cobertores já foram entregues desde os períodos de baixas temperaturas registradas em maio.
As secretarias de Segurança Alimentar, Saúde, Segurança e Prevenção, assim como a Defesa Civil, também fazem parte do plano de contingência. As equipes também orientam sobre as 600 vagas disponíveis em abrigos temporários, e indicam atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS) quando necessário. Além disso, as refeições servidas nos Restaurantes Populares também foram adequadas para a aproximação do inverno.
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Segundo a Nottus, empresa especializada em inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios, 2025 apresenta uma condição chamada de “neutralidade climática”, ou seja, a ausência dos fenômenos El Niño e La Niña. Com isso, a previsão é de retorno das frentes frias e do clima mais típico da estação.
Alexandre Nascimento, sócio-diretor e meteorologista da Nottus, explica que no mesmo período do ano passado o país registrou temperaturas entre 3°C e 5°C acima da média devido à influência do El Niño combinado às mudanças climáticas. “O mês de junho já vem sendo marcado pela presença constante de frentes frias e as ondas de frio devem continuar durante a nova estação. Neste ano, o cenário deve ser mais próximo da normalidade”, avalia o especialista.
Inverno mais frio e seco
O mês de julho deve apresentar uma diminuição no volume de chuvas na maior parte do Brasil e quedas significativas nas temperaturas, dentro do que se espera para o inverno. Em agosto, a expectativa é de aumento na precipitação e o avanço de frentes frias na Região Centro-Sul. Já em setembro, a umidade da Amazônia deve avançar por boa parte do país. “Não teremos extremos, mas sim um inverno mais típico, com frio presente”, afirma o executivo da Nottus.
Em Belo Horizonte, a temperatura das noites e madrugadas deve apresentar maior variação no decorrer dos próximos meses, com destaque para uma queda mais acentuada na temperatura no começo de agosto. As chuvas devem ocorrer somente entre o fim de agosto e início de setembro.
Na análise de agosto e setembro, 2024 registrou de três a quatro graus acima da média na capital mineira, chegando a 32ºC de média máxima. Este ano, a previsão fica mais próxima do esperado para a estação, com média máxima entre 26ºC e 28ºC.
Inverno mineiro
De acordo com o Inmet, o inverno em Minas Gerais se caracteriza por chuvas escassas normalmente associadas ao avanço de sistemas frontais e praticamente restritas ao Sul e à faixa Leste do estado. Entretanto, a circulação dos ventos, em baixos níveis da atmosfera, favorece o transporte de umidade do oceano para o interior do continente, mantendo maior nebulosidade na faixa Leste mineira, com formação de nevoeiro ao amanhecer.
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Época de estiagem
A previsão do Inmet para o estado é de chuvas dentro da normalidade, ou seja escassas, e temperaturas acima da média, o que pode ser interpretado como menor ocorrência de episódios frios.
O estado bateu recorde de incêndios em vegetação em 2024, com mais de 29 mil ocorrências. Para evitar repetir as estatísticas, além de contar com ajuda da natureza, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) planeja intensificar ações já testadas e que deram bom resultado. Entre elas, a implantação de bases operacionais avançadas em Unidades de Conservação (UCs) durante o período crítico.
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Com a queda das temperaturas, espera-se um aquecimento no comércio, aponta a Nottus. Mesmo antes da chegada do inverno, as primeiras massas de ar frio do ano registradas em junho movimentaram o comércio no Dia dos Namorados (12/6), principalmente para setores como vestuário, restaurantes e hotéis.
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“O inverno do ano passado foi frustrante para esses segmentos, mas a tendência em 2025 é de um comportamento climático mais alinhado ao que se espera da estação”, diz Nascimento.
Além disso, a presença de chuvas e frentes frias devem beneficiar as safras previstas para o verão e a produção de energia, com a geração eólica atingindo nível normal ou acima do normal.
Atenuando o frio
Na última sexta-feira (13/6), Belo Horizonte registrou o dia mais frio do ano, com termômetros marcando 8,4°C. De acordo com a Defesa Civil da capital, a mínima foi registrada às 6h, na estação Cercadinho, na Região Oeste, com sensação térmica de -13,3°C.
“A tendência é de que vá continuar, mais ou menos, como está sendo observado já neste finalzinho de outono. Lembrando que outono é uma estação de transição, então, no final, é normal ouvir ‘se está frio agora, imagine no inverno’. Não necessariamente acontece dessa forma, mas é normal no final do outono a gente já ter características do inverno e é isso que estamos observando agora”, explica Nascimento.
Com a queda de temperatura, a prefeitura da capital distribuiu 600 cobertores para a população em situação de rua em todas as regionais da cidade na última quinta-feira (12/6). A medida faz parte de um protocolo da Secretaria Municipal de Assistência Social, que intensifica os cuidados com essa parcela da população que fica mais vulnerável às baixas temperaturas. Segundo a PBH, mais de mil cobertores já foram entregues desde os períodos de baixas temperaturas registradas em maio.
As secretarias de Segurança Alimentar, Saúde, Segurança e Prevenção, assim como a Defesa Civil, também fazem parte do plano de contingência. As equipes também orientam sobre as 600 vagas disponíveis em abrigos temporários, e indicam atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS) quando necessário. Além disso, as refeições servidas nos Restaurantes Populares também foram adequadas para a aproximação do inverno.