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No passado, aliás, o setor amargou o pior resultado em uma década e teve apenas 19.762 apartamentos ocupados dos 57.409 disponíveis em toda a rede mineira (32,65%). Em 2019, a taxa de ocupação chegou a 62,27%.
Com a baixa procura, o setor demitiu em massa. Aproximadamente 25 mil pessoas perderam os empregos na área, o que representa 60% da mão de obra do setor hoteleiro mineiro. Para se ter uma ideia, dados da ABIH-MG mostram que a receita de hospedagem por apartamento disponível, que em 2019 era de R$ 131,78 por unidade, caiu em 2020 para R$ 71,38.
A esperança do setor era de uma retomada já em 2021, mas os números da pandemia e as novas medidas de isolamento social adotadas pela PBH, por exemplo, foram um balde de água fria. Para o presidente da ABIH-MG, Guilherme Sanson, algumas empresas já pensam até em fechar as portas.
“A hotelaria não suporta mais essa situação, cerca de 60% da mão de obra do setor já foi demitida em 2020 e o número de fechamentos só aumenta. Precisamos de medidas efetivas de apoio que garantam um fôlego para a sobrevivência dos nossos negócios e de milhares de empregos”, afirma ele.
Opinião idêntica tem uma das diretoras da entidade, a administradora de hotéis Pollyana Campos. Diante de um setor que precisa de pessoal para funcionar e tem alto custo operacional, a falta de perspectivas faz com que a falência possa ser uma realidade.“Infelizmente, é impossível manter o funcionamento de um hotel com 18% de ocupação. Não há como manter o negócio”, destaca ela.
Uma das saídas para a crise seria um plano de negócios para transformar BH em um grande centro de turismo de negócios. A ideia é antiga e remonta ao período em que a capital mineira se preparou para ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Antigos projetos, como a construção de um Centro de Convenções na Avenida Cristiano Machado e a reforma do Minascentro, contudo, nunca saíram do papel.
Enquanto isso não acontece, para o consultor estratégico em hotelaria Maarten Van Sluys, a recuperação econômica do setor ainda levará tempo. “Infelizmente precisamos criar um grande plano de recuperação econômica para o setor que envolva não só o setor público, mas também o privado. A crise foi forte e só vamos poder voltar ao nível de 2019 em 2022. Mas aí, até lá, é preciso manter o setor vivo e sem esse planejamento estratégico para nossa capital isso não será possível”, explica Van Sluys.
Editoria de Arte
Donos já avaliam novas destinações aos empreendimentos
Com rendimento baixo, prejuízos acumulados e poucas perspectivas, muitos investidores já começam a pensar a dar outros fins a edifícios que hoje abrigam hotéis em BH. De acordo com a diretora da ABIH-MG, Pollyana Campos, alternativas assim já estariam sendo analisadas por proprietários diante do impasse econômico causado por mais um “lockdown” na capital. “É uma solução drástica, mas muitos investidores vão acabar partindo para isso”, enfatiza a dirigente.
Mudar a utilidade de construções também seria caminho para 11 prédios ainda em obras que abrigariam futuros empreendimentos hoteleiros em BH. As construções, que deveriam estar prontas desde 2014, seguem paradas e com investidores amargando prejuízos. Segundo o presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB/MG, Kênio Pereira, mudar a natureza de uso e ocupação desses locais daria a quem investiu a certeza de recuperar um pouco do prejuízo acumulado.
Segundo Pereira, alguns compradores já somam perdas de mais de R$ 1 milhão. “A Prefeitura tem que assumir a sua responsabilidade e definir o que será feito com essas construções. Viraram hotéis, mas não adianta continuar insistindo. É preciso mudar a natureza dessas construções e transformá-las em moradias ou áreas comerciais de outra finalidade”, afirma.
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No passado, aliás, o setor amargou o pior resultado em uma década e teve apenas 19.762 apartamentos ocupados dos 57.409 disponíveis em toda a rede mineira (32,65%). Em 2019, a taxa de ocupação chegou a 62,27%.
Com a baixa procura, o setor demitiu em massa. Aproximadamente 25 mil pessoas perderam os empregos na área, o que representa 60% da mão de obra do setor hoteleiro mineiro. Para se ter uma ideia, dados da ABIH-MG mostram que a receita de hospedagem por apartamento disponível, que em 2019 era de R$ 131,78 por unidade, caiu em 2020 para R$ 71,38.
A esperança do setor era de uma retomada já em 2021, mas os números da pandemia e as novas medidas de isolamento social adotadas pela PBH, por exemplo, foram um balde de água fria. Para o presidente da ABIH-MG, Guilherme Sanson, algumas empresas já pensam até em fechar as portas.
“A hotelaria não suporta mais essa situação, cerca de 60% da mão de obra do setor já foi demitida em 2020 e o número de fechamentos só aumenta. Precisamos de medidas efetivas de apoio que garantam um fôlego para a sobrevivência dos nossos negócios e de milhares de empregos”, afirma ele.
Opinião idêntica tem uma das diretoras da entidade, a administradora de hotéis Pollyana Campos. Diante de um setor que precisa de pessoal para funcionar e tem alto custo operacional, a falta de perspectivas faz com que a falência possa ser uma realidade.“Infelizmente, é impossível manter o funcionamento de um hotel com 18% de ocupação. Não há como manter o negócio”, destaca ela.
Uma das saídas para a crise seria um plano de negócios para transformar BH em um grande centro de turismo de negócios. A ideia é antiga e remonta ao período em que a capital mineira se preparou para ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Antigos projetos, como a construção de um Centro de Convenções na Avenida Cristiano Machado e a reforma do Minascentro, contudo, nunca saíram do papel.
Enquanto isso não acontece, para o consultor estratégico em hotelaria Maarten Van Sluys, a recuperação econômica do setor ainda levará tempo. “Infelizmente precisamos criar um grande plano de recuperação econômica para o setor que envolva não só o setor público, mas também o privado. A crise foi forte e só vamos poder voltar ao nível de 2019 em 2022. Mas aí, até lá, é preciso manter o setor vivo e sem esse planejamento estratégico para nossa capital isso não será possível”, explica Van Sluys.
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Donos já avaliam novas destinações aos empreendimentos
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Segundo Pereira, alguns compradores já somam perdas de mais de R$ 1 milhão. “A Prefeitura tem que assumir a sua responsabilidade e definir o que será feito com essas construções. Viraram hotéis, mas não adianta continuar insistindo. É preciso mudar a natureza dessas construções e transformá-las em moradias ou áreas comerciais de outra finalidade”, afirma.