Metroviários contestam 12 cláusulas do acordo coletivo proposto pela CBTU, dentre as quais estão o reajuste de salários em 1%

Os metroviários vão entrar de greve a partir desta quarta-feira (19) por tempo indeterminado, segundo informou o Sindicato dos Metroviários de MG (Sindimetro) na noite desta terça-feira (18). Com isso, os trens funcionarão em escala mínima. Durante a semana, o metrô estará aberto à população de 5h15 às 10h, fecha em seguida, e volta a operar das 18h até às 22h.

Nos sábados, o funcionamento se dará apenas das 5h15 às 14h. Aos domingos e feriados, o metrô não vai abrir para os usuários. O intervalo entre as viagens, entretanto, continuará funcionando normalmente, garante o Sindimetro.

A opção pela greve vem após decisão tomada em assembleia realizada pelos metroviários na segunda-feira (17), na qual suspenderiam a paralização.

O sindicato detalhou ainda que está prevista reunião para esta quarta-feira, no Rio de Janeiro, com a gestão nacional do metrô na qual serão apresentadas as reivindicações. Além disso, os metroviários se reunião em assembleia, na próxima quinta-feira (20), para organizarem os próximos passos em relação à greve.

A reportagem entrou em contato com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e aguarda retorno.

Entenda

Os metroviários já haviam ameaçado entrar de greve nesta terça-feira, caso não avançacem as negociações com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) referentes ao acordo coletivo referente a 2018-2019.

Os metroviários contestam 12 cláusulas do acordo coletivo proposto pela CBTU, dentre as quais estão o reajuste de salários em 1%, que, segundo o Sindmetro, está abaixo da inflação do período, sem pagamentro retroativo até maio, mês da data-base da categoria. Além disso, o sindicato alega que a empresa tem tirado direitos dos trabalhadores.

Após o aviso da greve, a CBTU divulgou, no último dia 14, nota sobre liminar obtida junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na qual os metroviários deveriam operar com escala mínima com funcionamento de 80% dos trens.