Em conversa com deputados federais da bancada mineira nesta quarta-feira (2), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o governo federal planeja fechar o Aeroporto Carlos Prates, no bairro homônimo, na Região Noroeste de BH. A intenção da União é transferir as operações do terminal para outros locais, como o Aeroporto da Pampulha, atualmente concedido ao governo de Minas, até dezembro de 2021.

Inicialmente, o Aeroporto Carlos Prates estava previsto para ser concedido à iniciativa privada no pacote preparado pelo governo federal. No entanto, o terminal foi excluído da lista. A intenção é desativar as atuais instalações e passar o terreno para a Secretaria de Patrimônio da União, que dará uma destinação à área.

“Com relação ao Aeroporto Carlos Prates, ele estava inicialmente previsto na concessão, mas os mais atentos devem ter percebido, pela minha fala, não citei o aeroporto. Por quê? Porque ele não será concedido. O que a gente vai fazer é transferir as operações do Carlos Prates para outros aeroportos, e aí, notadamente, a Pampulha, podemos discutir a questão Betim. A ideia é fechar Carlos Prates. É isso que está programado: a devolução da área (do Carlos Prates) para a Secretaria de Patrimônio da União, e aí a destinação, que pode ser para a prefeitura, para que algum projeto de interesse da sociedade seja realizado naquele espaço”, disse Tarcísio.

O terminal, que abriga o Aeroclube do Estado de Minas Gerais, é utilizado na formação de pilotos, aviação desportiva, manutenção, instrução, construção de aeronaves, entre outros. Moradores da região, em função de acidentes aéreos, pedem o fechamento do aeroporto. 

Em abril do ano passado, depois da queda de uma aeronave de pequeno porte, cujo piloto morreu, no Bairro Caiçara, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, descartou intervenção da prefeitura da capital para que o terminal fosse desativado.
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“O prefeito é culpado de muita coisa, mas não de avião cair. Vamos rezar para avião não cair, mas todo lugar que tem avião tem o risco de cair. Foi um acidente aéreo e nós não temos nenhum projeto. O que tinha era para construir prédio, para ajudar a construtora lá, eu enterrei. Vamos culpar o prefeito do que ele tem culpa. De avião cair, ainda não”, disse, na época.