A projeção para o pico da COVID-19 em Minas é 10 de junho. Mais uma vez a data em que haveria maior número de contaminações foi adiado.

Anteriormente, seria um dia antes, 9 de junho. No entanto, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou, durante entrevista coletiva remota, nesta quarta (27), que os casos podem se alongar ao longo do tempo e que o estado poderá ter até dois anos de pandemia, enquanto não for descoberta a vacina para o novo coronavírus.


"Por outro lado, se a sociedade mantiver o controle, teremos poucos casos a cada dia, espalhando ao longo do tempo. Teremos um ano e meio, dois anos de pandemia", afirmou. E os númeos apontam o avanço da doença no estado. 


De acordo com reportagem do EM, a positividade de pessoas testadas para COVID-19 em Minas Gerais, que é a relação de testes realizados para infectados e doentes encontrados, já chega a 23% e é superior à verificada em Nova York, na casa de 20% durante o pico da pandemia.

Em resposta ao EM, o secretário afirmou que o percentual de 23% pode ter um viés relacionado ao aumento na aplicação de testes rápidos pelos municípios. Segundo ele, de acordo a Fundação Ezequiel Dias (Funed), laboratório de referência, a positividade nas amostras testadas da última semana foi de 16%. 

O secretário também respondeu sobre o avanço do novo coronavírus no interior de Minas, em cidades que não dispõem de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Ele afirmou que não é possível instalar respiradores nas unidades de municípios com menos de 5 mil habitantes. Segundo ele, o estado leva em conta a maneira como o Sistema Único de Saúde (SUS) está organizado para encaminhar os pacientes graves desses municípios. No entanto, disse que esses municípios poderiam ter respiradores de estabilização.

Carlos Amaral afirmou ainda que é necessário que os municípios possam aderir ao Programa Minas Consciente e lembrou que estamos no meio da pandemia. Ele defendeu que o isolamento social não é só a população permanecer em casa, mas também adotar as medidas de cuidados pessoais, como uso de máscara, lavagem das mãos e uso do álcool em gel.