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Até 2034, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) vai investir R$ 5,8 bilhões para ampliar a rede de gasodutos em operação no estado. O pontapé inicial ocorre com o Projeto Centro-Oeste, que prevê a construção de um traçado de 110km, ligando Betim, na Grande BH, a Divinópolis. As obras começaram em março, com previsão de término em 2025. Três meses após o início das obras, 60km de tubos de aço já estão colocados sobre o traçado e 16km já passam por baixo da terra.
As informações são do presidente da Gasmig, Gilberto Valle. Em entrevista à reportagem de OTempo, ele revelou, ainda, que além da expansão ligando a região metropolitana ao Centro-Oeste mineiro, a companhia também iniciou estudos de viabilidade para construir uma nova rede no Sul de Minas, passando por Extrema, Pouso Alegre, Varginha e Três Corações.
“O gás natural canalizado representa mais um esforço para oferecer uma estrutura mais qualificada e que possa atender uma gama maior da indústria e da população no geral. Nunca tivemos um investimento tão grande na Gasmig como estamos fazendo agora. Desde 2013, quando fizemos os gasodutos do Sul de Minas e Vale do Aço, a média anual de investimentos era de R$ 50 milhões, e ano passado chegamos a R$ 300 milhões para viabilizar o crescimento dessa rede”, disse Gilberto Valle.
Sobre o Centro-Oeste, o projeto tem custo de R$ 800 milhões e vai integrar a atual rede, que atualmente termina em uma estação de recebimento em Betim, nas imediações da Refinaria Gabriel Passos (Regap), e passar por Sarzedo, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Juatuba, Mateus Leme e Itaúna até chegar a Divinópolis. A expectativa de volume total distribuído é de 238 mil m³ por dia, com início de atendimento previsto para o 1º semestre de 2025.
Em Betim, por exemplo, cerca de 40 bairros serão beneficiados e o atendimento será consolidado com a oferta de gás natural para praticamente todo o município. A primeira etapa das obras está concentrada entre Mateus Leme e Divinópolis. “Até o final do ano que vem vamos ter os primeiros clientes ligados à rede. A nossa previsão é de que a chegada do gás natural vai beneficiar 1 milhão de pessoas e vão ser gerados, efetivamente, 15 mil empregos a partir das atividades econômicas que vão surgir com a instalação de indústrias na região por existir a disponibilidade de gás natural”, observa o presidente da Gasmig.
Início das obras ocorreu em março, com a presença do governador Romeu Zema
(Foto: Fred Magno/ OTempo)
A companhia afirma que já está celebrando contratos de fornecimento com postos de combustíveis da região para a venda de gás natural veicular (GNV), além de empresas de outros segmentos que também demonstraram interesse. Divinópolis, conforme Gilberto Valle, é o município onde a procura industrial está mais intensa para suprir as necessidades de produção.
“Essa obra vai representar um aumento de 23% da nossa rede atual. Hoje, Minas ainda tem uma característica muito grande de uso do carvão, de coque (de petróleo) e óleo combustível que podem ser substituídos tendo o gás natural, que tem uma combustão mais controlada. Hoje, o gás natural é um combustível de transição que a indústria, principalmente siderúrgica, já usa muito e poderá usar ainda mais para gerar um aço mais verde”, destaca o presidente da Gasmig.
Sul de Minas
No projeto do gasoduto de Extrema, Gilberto Valle explica que é necessário construir uma rede, saindo de Bragança Paulista, no estado vizinho, para conduzir as moléculas de gás para Minas Gerais. O projeto está em fase de contratação de estudos ambientais e de viabilidade.
Saindo de Extrema, a rede passará por Pouso Alegre, Varginha e vai terminar em Três Corações. Não há, ainda, uma previsão de quantos empregos serão gerados. A previsão é que as obras sejam iniciadas em 2026, caso o cronograma previsto seja cumprido, incluindo a viabilização do trecho da rede em São Paulo.
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Até 2034, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) vai investir R$ 5,8 bilhões para ampliar a rede de gasodutos em operação no estado. O pontapé inicial ocorre com o Projeto Centro-Oeste, que prevê a construção de um traçado de 110km, ligando Betim, na Grande BH, a Divinópolis. As obras começaram em março, com previsão de término em 2025. Três meses após o início das obras, 60km de tubos de aço já estão colocados sobre o traçado e 16km já passam por baixo da terra.
As informações são do presidente da Gasmig, Gilberto Valle. Em entrevista à reportagem de OTempo, ele revelou, ainda, que além da expansão ligando a região metropolitana ao Centro-Oeste mineiro, a companhia também iniciou estudos de viabilidade para construir uma nova rede no Sul de Minas, passando por Extrema, Pouso Alegre, Varginha e Três Corações.
“O gás natural canalizado representa mais um esforço para oferecer uma estrutura mais qualificada e que possa atender uma gama maior da indústria e da população no geral. Nunca tivemos um investimento tão grande na Gasmig como estamos fazendo agora. Desde 2013, quando fizemos os gasodutos do Sul de Minas e Vale do Aço, a média anual de investimentos era de R$ 50 milhões, e ano passado chegamos a R$ 300 milhões para viabilizar o crescimento dessa rede”, disse Gilberto Valle.
Sobre o Centro-Oeste, o projeto tem custo de R$ 800 milhões e vai integrar a atual rede, que atualmente termina em uma estação de recebimento em Betim, nas imediações da Refinaria Gabriel Passos (Regap), e passar por Sarzedo, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Juatuba, Mateus Leme e Itaúna até chegar a Divinópolis. A expectativa de volume total distribuído é de 238 mil m³ por dia, com início de atendimento previsto para o 1º semestre de 2025.
Em Betim, por exemplo, cerca de 40 bairros serão beneficiados e o atendimento será consolidado com a oferta de gás natural para praticamente todo o município. A primeira etapa das obras está concentrada entre Mateus Leme e Divinópolis. “Até o final do ano que vem vamos ter os primeiros clientes ligados à rede. A nossa previsão é de que a chegada do gás natural vai beneficiar 1 milhão de pessoas e vão ser gerados, efetivamente, 15 mil empregos a partir das atividades econômicas que vão surgir com a instalação de indústrias na região por existir a disponibilidade de gás natural”, observa o presidente da Gasmig.
Início das obras ocorreu em março, com a presença do governador Romeu Zema
(Foto: Fred Magno/ OTempo)
A companhia afirma que já está celebrando contratos de fornecimento com postos de combustíveis da região para a venda de gás natural veicular (GNV), além de empresas de outros segmentos que também demonstraram interesse. Divinópolis, conforme Gilberto Valle, é o município onde a procura industrial está mais intensa para suprir as necessidades de produção.
“Essa obra vai representar um aumento de 23% da nossa rede atual. Hoje, Minas ainda tem uma característica muito grande de uso do carvão, de coque (de petróleo) e óleo combustível que podem ser substituídos tendo o gás natural, que tem uma combustão mais controlada. Hoje, o gás natural é um combustível de transição que a indústria, principalmente siderúrgica, já usa muito e poderá usar ainda mais para gerar um aço mais verde”, destaca o presidente da Gasmig.
Sul de Minas
No projeto do gasoduto de Extrema, Gilberto Valle explica que é necessário construir uma rede, saindo de Bragança Paulista, no estado vizinho, para conduzir as moléculas de gás para Minas Gerais. O projeto está em fase de contratação de estudos ambientais e de viabilidade.
Saindo de Extrema, a rede passará por Pouso Alegre, Varginha e vai terminar em Três Corações. Não há, ainda, uma previsão de quantos empregos serão gerados. A previsão é que as obras sejam iniciadas em 2026, caso o cronograma previsto seja cumprido, incluindo a viabilização do trecho da rede em São Paulo.