JUSTIÇA

O governo de Minas Gerais comemora um acordo bilionário com a Vale que vai amenizar os impactos causados pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, e, ao mesmo tempo, permitir a realização de um antigo sonho dos moradores da região metropolitana de Belo Horizonte:  a construção do Rodoanel.  Segundo fonte relacionada ao governo e ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), durante a posse de Agostinho Patrus, reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o acordo foi fechado em R$ 37 bilhões.   

Segundo a fonte informou à reportagem de O TEMPO, o acordo entre Vale, governo de Minas, Ministério Público de Minas, Defensoria Pública do Estado, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União e Advocacia-Geral da União para a reparação de danos coletivos socioeconômicos causados pelo rompimento da barragem prevê quatro linhas de recursos. Oficialmente, o governo do Estado de Minas Gerais informou, em nota, "que não procede a informação de que as instituições que representam o Poder Público tenham finalizado as negociações com a empresa Vale para reparação dos danos socioeconômicos gerados pelo rompimento de barragem".   

Serão R$ 5 bilhões para o tão esperado Rodoanel. O valor será investido na construção de 100 km de vias que ligariam as BRs 040 e 381, desafogando, assim, o tráfego que passa hoje em centros importantes, como Belo Horizonte, Contagem e vias de acesso a Betim.   

Dos R$ 37 bilhões, cerca de R$ 9,5 bilhões serão destinados aos atingidos e geridos pelo Ministério Público do Estado. Outros R$ 3,5 bilhões vão para os municípios da Bacia do Paraopeba.  

Os R$ 19 bilhões restantes serão revertidos em obras nas áreas de saúde, saneamento e infraestrutura. Caberá à Assembleia Legislativa definir a destinação desses recursos. O acordo firmado entre o governo de Minas, a Vale e o Ministério Público vai agora para apreciação da ALMG.  

Procurada, a Vale informou que não iria se pronunciar.