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A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, ou simplesmente Feira Hippie, como é conhecida em toda a capital, comemora meio século de história amanhã. Há 50 anos, as barraquinhas transformam asfalto em shopping, galeria de arte, restaurante e até palco, em uma mescla de atrações que a fizeram ser considerada a maior feira de artesanato da América Latina.
A história da Feira Hippie começa na praça da Liberdade, na região Centro-Sul, local onde o centro de compras a céu aberto nasceu, em 1969.No início da década de 90, ela desceu a rua Bahia e chegou à avenida Afonso Pena, no centro da capital, onde permanece até hoje. A cada domingo, cerca de 60 mil pessoas visitam os 16 setores da feira para prestigiar o trabalho de quase 2.000 expositores.
Histórias
Os encantos da feira fizeram com que a carioca Vera Lúcia dos Santos, 73, deixasse o Rio de Janeiro há quase 50 anos para se tornar uma expositora. Depois de conhecer o espaço, ela se mudou para BH e passou a comercializar produtos artesanais. Desde então, Vera viu a feira se transformar. “Antes, era o lugar que reunia todos os viajantes, não tinha barraca, eram cangas no chão e todos expondo seus trabalhos”, lembra.
O expositor Marco Fábio de Mello, 56, também está na feira desde que ela era montada na praça da Liberdade. Quase 40 anos depois, ele resiste no espaço, mas diz que o estímulo é diferente. “A feira vai ser eterna, mas precisa se reinventar, precisa ser revitalizada. Vemos um abandono de todas as gestões. É preciso modernizar as barracas, os mobiliários, as sinalizações, mas nada é feito”, lamenta.
A Prefeitura de BH não informou se há algum projeto de revitalização para a feira.
Feirinha oferece farta experiência gastronônima
A Feira Hippie é daqueles espaços que reúnem público diverso, mas uma dica para quem visita o espaço é aproveitar a caminhada para encher a barriga.
Uma das sugestões de Daniel Neto, o Nenel, do blog Baixa Gastronomia, é o Churrasquinho do Alair. Além da carne, a barraca do feirante oferece conservas de jiló para comer aos montes. “Tem também a barraca do Pedrão, perto da entrada do Parque Municipal, que vende de água a cachaça. Logo em frente, tem o Acarajé do Alcides”, indica.
Defensor da gastronomia das ruas, Nenel diz que “é preciso valorizar a comida do povo, a comida que enche a barriga e que pode alegrar uma manhã de domingo”.
Local tem até pedido de casamento
Não são só os feirantes têm histórias com a Feira Hippie. Em alguns casos, a lembrança pode, inclusive, ser bem inusitada. Em uma das idas à Afonso Pena, a esteticista Camila Almeida, 26, chegou a ser pedida em casamento. No lugar da aliança, no entanto, o pedido veio acompanhado de um chinelo.
“Já estava sem salto, andando descalça. Ai, ele comprou uma rasteirinha e falou que era o momento para formalizar (o compromisso). O problema é que, no dia seguinte, já sem o efeito da bebida, o pedido foi desfeito”, conta Camila, aos risos.
Já o pernambucano Jorge Pedrosa, 33, não abre mão de tomar uma cerveja todos os domingos na feira. “Tem dois anos que estou em BH. Só não venho se tiver chovendo”, diz.
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A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, ou simplesmente Feira Hippie, como é conhecida em toda a capital, comemora meio século de história amanhã. Há 50 anos, as barraquinhas transformam asfalto em shopping, galeria de arte, restaurante e até palco, em uma mescla de atrações que a fizeram ser considerada a maior feira de artesanato da América Latina.
A história da Feira Hippie começa na praça da Liberdade, na região Centro-Sul, local onde o centro de compras a céu aberto nasceu, em 1969.No início da década de 90, ela desceu a rua Bahia e chegou à avenida Afonso Pena, no centro da capital, onde permanece até hoje. A cada domingo, cerca de 60 mil pessoas visitam os 16 setores da feira para prestigiar o trabalho de quase 2.000 expositores.
Histórias
Os encantos da feira fizeram com que a carioca Vera Lúcia dos Santos, 73, deixasse o Rio de Janeiro há quase 50 anos para se tornar uma expositora. Depois de conhecer o espaço, ela se mudou para BH e passou a comercializar produtos artesanais. Desde então, Vera viu a feira se transformar. “Antes, era o lugar que reunia todos os viajantes, não tinha barraca, eram cangas no chão e todos expondo seus trabalhos”, lembra.
O expositor Marco Fábio de Mello, 56, também está na feira desde que ela era montada na praça da Liberdade. Quase 40 anos depois, ele resiste no espaço, mas diz que o estímulo é diferente. “A feira vai ser eterna, mas precisa se reinventar, precisa ser revitalizada. Vemos um abandono de todas as gestões. É preciso modernizar as barracas, os mobiliários, as sinalizações, mas nada é feito”, lamenta.
A Prefeitura de BH não informou se há algum projeto de revitalização para a feira.
Feirinha oferece farta experiência gastronônima
A Feira Hippie é daqueles espaços que reúnem público diverso, mas uma dica para quem visita o espaço é aproveitar a caminhada para encher a barriga.
Uma das sugestões de Daniel Neto, o Nenel, do blog Baixa Gastronomia, é o Churrasquinho do Alair. Além da carne, a barraca do feirante oferece conservas de jiló para comer aos montes. “Tem também a barraca do Pedrão, perto da entrada do Parque Municipal, que vende de água a cachaça. Logo em frente, tem o Acarajé do Alcides”, indica.
Defensor da gastronomia das ruas, Nenel diz que “é preciso valorizar a comida do povo, a comida que enche a barriga e que pode alegrar uma manhã de domingo”.
Local tem até pedido de casamento
Não são só os feirantes têm histórias com a Feira Hippie. Em alguns casos, a lembrança pode, inclusive, ser bem inusitada. Em uma das idas à Afonso Pena, a esteticista Camila Almeida, 26, chegou a ser pedida em casamento. No lugar da aliança, no entanto, o pedido veio acompanhado de um chinelo.
“Já estava sem salto, andando descalça. Ai, ele comprou uma rasteirinha e falou que era o momento para formalizar (o compromisso). O problema é que, no dia seguinte, já sem o efeito da bebida, o pedido foi desfeito”, conta Camila, aos risos.
Já o pernambucano Jorge Pedrosa, 33, não abre mão de tomar uma cerveja todos os domingos na feira. “Tem dois anos que estou em BH. Só não venho se tiver chovendo”, diz.