Os dados foram computados pelo Dados do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB). O tremor é considerado de magnitude pequena



O impacto da explosão na Usiminas em Ipatinga, na Região do Vale do Aço, assustou quem estava na cidade nesta sexta-feira. Vidraças de casas e comércios se quebraram. Moradores chegaram a relatar tremores em pontos da cidade e disseram ter a impressão que estavam em meio ao um terremoto. Dados do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB) mostram que realmente a terra tremeu na cidade.

Segundo a Obsis/UnB, apesar de não ter sido um terremoto, o tremor de terra teve intensidade de 1.86 na Escala Richter. O valor é considerado de magnitude pequena. As causas da explosão ainda estão sendo investigadas. Ela aconteceu em um tanque reservatório da siderúrgica que continha uma mistura de gases utilizada na produção de aço. O impacto foi sentido em vários bairros do município. A empresa segue fechada e sem previsão para reabertura.

O incidente aconteceu por volta das 12h40. De acordo com a Usiminas, houve uma explosão no gasômetro da Usina. A empresa foi evacuada rapidamente. O Corpo de Bombeiros informou que os brigadistas encaminharam algumas pessoas para o hospital. Ao todo, 30 pessoas precisaram de atendimento médico.

Por meio de nota, o Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta das 12h45. “Até o momento, 30 pessoas foram conduzidas ao hospital, nenhuma em estado grave. 1 pessoa sofreu um ferimento (corte) na face, decorrente de um estilhaço que foi lançado. As outras 29 vítimas foram pessoas que tiveram tonturas ou mal súbito decorrente da situação de pânico ou inalação de gás. Todas essas vítimas prestavam serviço ou eram funcionários da empresa. Um fator que favoreceu a menor gravidade da ocorrência foi o fato da fábrica estar em horário de almoço no momento da explosão”, informou.

As causas da explosão ainda estão sendo apuradas. O gás que estava no tanque é chamado de LDG (Linz Donawitz Gás), conhecido anda como gás de aciaria. Segundo o Corpo de Bombeiros, o principal componente dele é o monóxido de carbono. Na usina, há dois reservatórios idênticos ao que explodiu. Eles ficam a aproximadamente 100 metros do tanque. A empresa, de acordo com os Bombeiros, já tomou medidas preventivas evitar novos incidentes.

O local continua sendo monitorado. “Não há vazamento de gás no local e várias medições de equipes do CBMMG com aparelhos específicos para leitura de gases já foram feitas, comprovando a segurança do local e não havendo a necessidade de evacuação dos bairros próximos. O CBMMG, juntamente com a equipe de brigadistas do local, realizou o resfriamento e inertização de todas as estruturas próximas a explosão”, disse os Bombeiros.