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Ex-alunos realizam abraços simbólicos em defesa do Colégio Santo Agostinho na quinta-feira

28/11/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h40 por Admin


Cinthya Oliveira
Fonte: hojeemdia.com.br
Imagem chama comunidade para participar de abraço na unidade Nova Lima
Imagem chama comunidade para participar de abraço na unidade Nova Lima

Após publicarem uma carta em apoio ao Colégio Santo Agostinho, alvo da polêmica de que haveria na instituição uma doutrinação de “ideologia de gênero”, ex-alunos prometem realizar abraços simbólicos nas três unidades do colégio (BH, Nova Lima e Contagem) nesta quinta-feira (29), às 12h30. A ação de apoio está sendo divulgada pelas redes sociais.

A carta e as manifestações vêm expor o repúdio de parcela de pais, alunos e egressos do Colégio Santo Agostinho em relação à ação civil pública proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sobre o suposto ensino da "ideologia de gênero" a alunos da 3ª à 6ª série do Ensino Fundamental da rede. Na argumentação da ação, a promotoria da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente afirma que a suposta implementação da “ideologia de gênero” poderia expor “inúmeras crianças a uma doutrina exótica e radical, contrária à própria natureza humana”.

Segundo a advogada Cristiane Mateus, mãe de dois filhos matriculados no Santo Agostinho de Belo Horizonte, várias ações estão sendo realizadas por ex-alunos e pais para demonstrar apoio à escola. Segundo ela, mais de 900 pessoas assinaram a carta de repúdio desenvolvida por egressos do colégio que será entregue à direção da instituição nesta quinta.

"É preciso deixar claro que a ação civil pública foi movida a partir de um grupo bem restrito de pais de alunos e não representa a maioria. As pessoas estão se movimentando para mostrar repúdio a essa ação arbitrária, feita por pessoas que fizeram uma leitura equivocada sobre o que a escola prega. Não podemos ficar calados frente a uma acusação tão injusta", afirma a advogada. "A escola é católica e prega o respeito às diferenças e sobre a solidariedade".

Controversa

A questão é controversa até mesmo dentro do Ministério Público. Como a ação foi proposta pela 23ª Promotoria de Justiça da Capital, com atribuições na Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, a 25ª Promotoria, especializada na Defesa do Direito à Educação, pediu a suspensão da ação alegando que o processo não cabe à área da Criança e do Adolescente e, sim, à Educação. Cabe agora à Procuradoria-Geral de Justiça decidir.

A carta assinada por ex-alunos da unidade Nova Lima repudia a ação e reafirma a importância do ensino sobre tolerância. “Aprendemos que o próximo deve ser respeitado independentemente de sua raça, credo ou orientação sexual. Em uma sociedade cada vez mais complexa e plural, devemos sempre escutar e aprender com o diferente em vez de excluí-lo”, diz um trecho do documento.

O Colégio Santo Agostinho informou, em nota, que a ação judicial movida pelo MP “contém alegações absurdas, desconectadas da realidade e sem correspondência com a verdade”. A escola destaca que está tomando medidas judiciais cabíveis, “seja para nos defender contra as falsas alegações a nós atribuídas, seja para responsabilizar as pessoas e os agentes que estão divulgando essas mentiras”, diz a nota..

colégio santo agostinho

Imagem convida para o abraço na unidade localizada na avenida Amazonas

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