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Dez anos após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central de Minas, os rejeitos da mineração ainda prejudicam a decomposição de matéria orgância às margens do Rio Doce. A interrupção do ciclo natural dificulta a recuperação da flora nativa, ameaçando o futuro do ecossistema.
A constatação é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e de outras instituições brasileiras e internacionais - como a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a Universidade Agrícola de Henan, na China.
Para investigar as mudanças, a pesquisa publicada pela revista Forest Ecology and Management comparou a decomposição de folhas de plantas nativas do Rio Doce e de uma espécie invasora e agressiva (a gramínea braquiária) em áreas impactadas e áreas preservadas.
Os resultados revelaram que a decomposição das folhas de espécies nativas essenciais está severamente reduzida nas áreas afetadas pelo rejeito, comprometendo a fertilidade do solo e a saúde da floresta. Em contraste, a decomposição da braquiária foi acelerada nos mesmos locais, indicando que o novo ambiente criado pelo rejeito favorece o avanço da planta.
Segundo João Figueiredo, um dos autores do estudo e pesquisador da UFMG, o desequilíbrio dificulta os esforços de restauração ecológica, pois a condição pode impedir o retorno das plantas nativas. “Essa vantagem favorece a dominância da gramínea, alterando a estrutura e a composição da vegetação local”.
O estudo abrangeu cinco regiões da bacia do Rio Doce durante as estações chuvosa e seca de 2023, e aferiu a decomposição em 180 locais, sob diferentes condições. Além disso, os pesquisadores analisaram propriedades físicas e químicas dos solos, elucidando como o rejeito afeta os processos ecológicos.
Diante do cenário, a pesquisa recomenda o uso do índice de decomposição adaptado com espécies nativas para monitoramento e recuperação das florestas. O estudo sugere também a combinação de plantas com diferentes estratégias de decomposição, equilibrando a ciclagem de nutrientes e o carbono e controlando espécies invasoras que se beneficiam das mudanças no solo promovidas pela mineração.
A tragédia
Em 5 de novembro de 2015, a barragem de rejeitos de mineração em Mariana, administrada pela Samarco, se rompeu. O distrito de Bento Rodrigues foi totalmente destruído pela lama. Morreram 19 pessoas - três estão desaparecidas até hoje - e 600 ficaram desabrigadas.
Aproximadamente 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos foram despejados no meio ambiente, atingindo 49 municípios em Minas Gerais e no Espírito Santo. A lama percorreu 663 quilômetros pela Bacia do Rio Doce, até atingir o mar do litoral capixaba
O Hoje em Dia procurou a Samarco e atualizará esta matéria caso haja posicionamento.
*Estagiária, sob supervisão de Ana Paula Lima
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Para investigar as mudanças, a pesquisa publicada pela revista Forest Ecology and Management comparou a decomposição de folhas de plantas nativas do Rio Doce e de uma espécie invasora e agressiva (a gramínea braquiária) em áreas impactadas e áreas preservadas.
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O estudo abrangeu cinco regiões da bacia do Rio Doce durante as estações chuvosa e seca de 2023, e aferiu a decomposição em 180 locais, sob diferentes condições. Além disso, os pesquisadores analisaram propriedades físicas e químicas dos solos, elucidando como o rejeito afeta os processos ecológicos.
Diante do cenário, a pesquisa recomenda o uso do índice de decomposição adaptado com espécies nativas para monitoramento e recuperação das florestas. O estudo sugere também a combinação de plantas com diferentes estratégias de decomposição, equilibrando a ciclagem de nutrientes e o carbono e controlando espécies invasoras que se beneficiam das mudanças no solo promovidas pela mineração.
A tragédia
Em 5 de novembro de 2015, a barragem de rejeitos de mineração em Mariana, administrada pela Samarco, se rompeu. O distrito de Bento Rodrigues foi totalmente destruído pela lama. Morreram 19 pessoas - três estão desaparecidas até hoje - e 600 ficaram desabrigadas.
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