Membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), dois homens foram presos nesta quinta-feira (28), pela Polícia Civil, suspeitos de tráfico de drogas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eles estavam soltos há cerca de um ano e viviam em um condomínio de luxo, ostentando o dinheiro recebido pelo tráfico.
Rodrigo Emiliano de Oliveira, de 35 anos, e Erick Luís Silva Corrêa, de 33, foram encontrados dentro do condomínio de luxo. O delegado Marcus Vinícius Vieira, do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), diz que a dupla era investigada há dois meses. “Eles são responsáveis por uma rota Paraguai/Brasil, entre a divisa de Pedro Juan Caballero (Paraguai) com Ponta Porã (MS)”, afirmou o delegado.
A forma como a droga era trazida até Minas Gerais ainda está sendo investigada. De certo, os investigadores sabem dizer que Oliveira e Corrêa não eram os operadores do esquema, mas uma espécie de liderança do tráfico. Eles não são da alta cúpula do PCC.
“A próxima fase (das investigações) consiste em identificar as pessoas responsáveis pela condução dessas drogas. Porque eles eram responsáveis por efetuar a compra e trazê-la para o Estado de Minas Gerais”, disse Vieira.
Os dois homens viviam juntos no imóvel de alto padrão na Grande BH -- os investigadores não quiseram identificar a cidade, para não atrapalhar as investigações. Na casa deles, foram apreendidos três veículos de luxo, uma motocicleta e duas pistolas semiautomáticas.
Os integrantes viviam em um condomínio de luxo na Grande BH
Nenhuma droga foi encontrada com os suspeitos no momento da prisão. “Nós encontramos outros indícios (do crime), como anotações referentes ao tráfico de drogas e veículos de altos valores que foram encaminhados e vendidos para o Mato Grosso do Sul”, explicou.
Histórico
As investigações concluíram que, em seis meses, a dupla movimentou cerca de R$ 2 milhões com a criminalidade. Um novo imóvel de luxo, para usufruto dos suspeitos, estava sendo construído no interior do Estado.
Ambos haviam sido soltos, segundo o delegado, há cerca de um ano. Eles possuem passagens por tráfico, roubo e associação para o tráfico.
“Eles negam os fatos e preferiram em algumas perguntas manifestarem apenas em juízo”, disse Vieira.