É praticamente certa a eleição na presidência da ALMG do deputado Agostinho Patrus, o primeiro a se aproximar do novo governador

Ainda faltam mais de dois meses para a eleição do próximo presidente da Assembleia Legislativa, mas o jogo sucessório já andou tanto a favor de Agostinho Patrus (PV) que os membros da casa dão a eleição como favas contadas. Chefe do seu partido e reeleito para o quarto mandato, o deputado verde largou na frente de todos os potenciais concorrentes; foi o primeiro a colocar a candidatura e também a buscar aproximação com os futuros chefes do governo estadual logo após o 2º turno. Nos últimos dias, Patrus consolidou sua vantagem com o apoio de vários partidos, entre eles o MDB, PSDB, PSL e possivelmente até do PT.

Agostinho Patrus é um político jeitoso e moderado com inclinação para o governismo. Aos 47 anos, ele caminha para ocupar o cargo que já foi do seu pai, de quem herdou os modos e o nome. Aparentemente, ele cravou sua vitória na ALMG ao acenar com apoio para Romeu Zema e equipe.

PERFIL DO MOMENTO

O deputado presidenciável, assim como o PV, tem se pautado pelo senso de equilíbrio, posicionando-se no centro dos debates. É um dos líderes do bloco parlamentar “independente”, um grupo politicamente neutro, nem de situação nem de oposição ao governo Pimentel. Por causa desse perfil, Patrus é visto pelos colegas como o nome que “atende ao atual momento político do estado”, conforme palavras de uma nota oficial do MDB.

De fato, a maioria dos deputados quer um presidente na ALMG conciliador e habilidoso, que consiga dialogar com os ainda desconhecidos novos ocupantes do poder executivo. “Apoiar Patrus é dar um voto de confiança a Zema”, resume um deputado. Em outras palavras, é um sinal de boa vontade do legislativo com o governador eleito.

DIVIDIR PARA REINAR

Pelo andar das articulações na ALMG, é possível que Patrus seja eleito à frente de uma chapão com os principais partidos representados na casa. Para as legendas com bancadas vale mais a pena negociar com o presidenciável favorito um cargo na mesa diretora do que lançar um candidato próprio e correr o risco de ficar de fora da direção em caso de derrota. É aquela história de que mais vale um pássaro na mão do que dois voando. A essa altura, o pássaro na mão é um assento na cúpula a ser formado em torno de Patrus. Mesmo o PT, líder natural da oposição ao governo Zema, deve optar por apoiar o presidenciável favorito em troca de participação na nova diretoria legislativa.

Fonte:osnovosinconfidentes.com.br