O governo federal entregou a administração do aeroporto da Pampulha, que até então era da Infraero, para o governo de Minas. Sim, o governo encabeçado por Romeu Zema, do Partido Novo, aquele que advoga um estado mínimo, que só deveria se ocupar de saúde, educação e segurança. Mas agora o governo de Minas tem um aeroporto para administrar por 35 anos.

A portaria da transferência foi formalizada em videoconferência realizada nesta quinta, 18/6, com deputados federais e senadores, o governador e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas e passará a valer a partir de dezembro deste ano. “Essa medida é uma grande conquista, visto que a transferência da gestão é uma demanda antiga do Estado e significa a transformação do aeroporto, que possui importância estratégica para Minas”, disse Zema na solenidade virtual.

O governador acredita que o setor aeroportuário terá grande movimentação no pós-pandemia mas não será fácil transformar o aeroporto em um negócio viável. De acordo com a Infraero, o terminal da Pampulha arrecadou pouco mais de R$ 11 milhões em receitas operacionais no primeiro semestre deste ano. Só que as despesas ficaram em R$ 25,8 milhões.

Agora, a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade do Estado realizará estudos para identificar alternativas junto ao mercado de exploração do aeroporto. Atualmente, Pampulha tem poucas lojas e sua operação se resume a voos fretados da Vale e embarques de jatos executivos. Uma operação mais intensa conta com a oposição ferrenha dos moradores de bairros vizinhos.

O governo estadual aventa possibilidades como a exploração da aviação executiva e de um centro de convenções, entre outras. Se não der certo, o estado pode devolver o aeroporto para a União. Ele então entrará na 7ª Rodada de Concessões do Governo Federal.