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string(4700) "Técnicos de enfermagem são os profissionais da saúde mais vitimados pela Covid-19 em Minas Gerais. Já são 476 os trabalhadores da função com mortes confirmadas pelo novo coronavírus, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) obtidos por O TEMPO via Lei de Acesso à Informação.
Somadas, as atividades da enfermagem correspondem a metade de todas as vítimas do setor em Minas, pois a doença também foi fatal para 374 auxiliares e 86 enfermeiros. Isso indica que o vírus tem sido proporcionalmente mais devastador entre essas profissões, já que a categoria inteira representa cerca de um terço dos profissionais da saúde no Estado, segundo o Plano Nacional de Imunizações (PNI).
“Falar dos adoecimentos e óbitos na enfermagem não significa apenas reconhecer que somos a grande maioria da mão de obra que assiste os pacientes. Parte dessa equipe chega a ficar 24 horas ininterruptas à beira dos leitos, mais expostas a uma carga viral extremamente perigosa e a um tempo maior de permanência sob esse risco”, destaca Maria do Socorro Pacheco Pena, vice-presidente do Conselho Regional da categoria (Coren-MG).
Durante a pandemia, os conselhos e sindicatos da enfermagem têm denunciado problemas nas condições de trabalho e no acompanhamento psicológico dos trabalhadores, além da baixa remuneração. Em Belo Horizonte, por exemplo, um técnico ganha em média R$ 1.705,70 mensais para uma jornada de 40 horas semanais.
“Valorização e reconhecimento não é ser aplaudido em praça pública e nas redes sociais, isso não sustenta as nossas famílias. Valorização é permitir que possamos trabalhar dignamente”, completa Maria do Socorro.
Atualmente, está em tramitação no Senado um projeto de lei para implementar o piso salarial da enfermagem, com vencimentos de R$ 7.315 para enfermeiros, R$ 5.120 para técnicos e R$ 3.657 para auxiliares e parteiras, referentes a uma jornada de 30 horas por semana. A proposta, porém, sofre forte pressão contrária de entidades hospitalares e planos de saúde devido a seu impacto orçamentário em escala nacional.
O Conselho Regional de Enfermagem também cobra celeridade na imunização dos trabalhadores. Segundo o Vacinômetro do governo estadual, 90% de todos os profissionais da saúde receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, mas apenas 54% já tomaram o complemento.
"Historicamente, a sobrecarga de horários e as condições não são coerentes com a importância do nosso trabalho. O cenário da pandemia escancarou o descaso", conclui a vice-presidente do Coren-MG.
Outras categorias
Os boletins epidemiológicos especiais do governo estadual só revelam a soma dos casos e óbitos registrados por mês entre todas as categorias da saúde. A atualização mais recente, publicada no último dia 28, informava um total de 1.795 trabalhadores da rede assistencial mortos pela Covid no Estado.
A planilha recebida por O TEMPO, em resposta a um requerimento baseado na Lei de Acesso à Informação, permite um detalhamento maior da situação. Após uma filtragem para eliminar prováveis erros na seleção dos registros, a lista indica um número mais próximo de 1.890 vítimas, sem detalhes sobre quantas delas atuam diretamente no combate à pandemia.
Agentes comunitários e de combate a endemias aparecem em segundo lugar no ranking, com 428 vítimas em Minas. Na sequência estão médicos (248) e dentistas (72). A planilha relata ainda mortes entre técnicos de áreas diversas, como radiologia e laboratórios, além de fisioterpeutas e nutricionistas, entre outros.
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Somadas, as atividades da enfermagem correspondem a metade de todas as vítimas do setor em Minas, pois a doença também foi fatal para 374 auxiliares e 86 enfermeiros. Isso indica que o vírus tem sido proporcionalmente mais devastador entre essas profissões, já que a categoria inteira representa cerca de um terço dos profissionais da saúde no Estado, segundo o Plano Nacional de Imunizações (PNI).
“Falar dos adoecimentos e óbitos na enfermagem não significa apenas reconhecer que somos a grande maioria da mão de obra que assiste os pacientes. Parte dessa equipe chega a ficar 24 horas ininterruptas à beira dos leitos, mais expostas a uma carga viral extremamente perigosa e a um tempo maior de permanência sob esse risco”, destaca Maria do Socorro Pacheco Pena, vice-presidente do Conselho Regional da categoria (Coren-MG).
Durante a pandemia, os conselhos e sindicatos da enfermagem têm denunciado problemas nas condições de trabalho e no acompanhamento psicológico dos trabalhadores, além da baixa remuneração. Em Belo Horizonte, por exemplo, um técnico ganha em média R$ 1.705,70 mensais para uma jornada de 40 horas semanais.
“Valorização e reconhecimento não é ser aplaudido em praça pública e nas redes sociais, isso não sustenta as nossas famílias. Valorização é permitir que possamos trabalhar dignamente”, completa Maria do Socorro.
Atualmente, está em tramitação no Senado um projeto de lei para implementar o piso salarial da enfermagem, com vencimentos de R$ 7.315 para enfermeiros, R$ 5.120 para técnicos e R$ 3.657 para auxiliares e parteiras, referentes a uma jornada de 30 horas por semana. A proposta, porém, sofre forte pressão contrária de entidades hospitalares e planos de saúde devido a seu impacto orçamentário em escala nacional.
O Conselho Regional de Enfermagem também cobra celeridade na imunização dos trabalhadores. Segundo o Vacinômetro do governo estadual, 90% de todos os profissionais da saúde receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, mas apenas 54% já tomaram o complemento.
"Historicamente, a sobrecarga de horários e as condições não são coerentes com a importância do nosso trabalho. O cenário da pandemia escancarou o descaso", conclui a vice-presidente do Coren-MG.
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Os boletins epidemiológicos especiais do governo estadual só revelam a soma dos casos e óbitos registrados por mês entre todas as categorias da saúde. A atualização mais recente, publicada no último dia 28, informava um total de 1.795 trabalhadores da rede assistencial mortos pela Covid no Estado.
A planilha recebida por O TEMPO, em resposta a um requerimento baseado na Lei de Acesso à Informação, permite um detalhamento maior da situação. Após uma filtragem para eliminar prováveis erros na seleção dos registros, a lista indica um número mais próximo de 1.890 vítimas, sem detalhes sobre quantas delas atuam diretamente no combate à pandemia.
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