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Belo Horizonte ainda não vai retomar o processo de abertura do comércio. Mas por quê? Para decidir que o momento é de manter rigidez no isolamento social, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e especialistas consultados pela PBH avaliaram números da COVID-19 e a situação do sistema público de saúde.
Na prática, três motivos - ou melhor, três indicadores - fizeram com que a administração municipal optassem por manter apenas serviços considerados essenciais em funcionamento. São eles:
Número médio de transmissão por infectado (Rt);
Taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicas para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde;
Taxa de ocupação de leitos de enfermaria específicos para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde.
Os números de cada um desses três parâmetros são classificados a partir de uma escala de três cores: verde (menor nível de alerta), amarelo (nível intermediário de alerta) e vermelho (maior nível de alerta).
Número médio de transmissão por infectado (Rt): verde (de 0 a 1,0), amarelo (de 1,0 a 1,2) e vermelho (acima de 1,2);
Taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicas para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde: verde (até 50%), amarelo (de 50% a 70%) e vermelho (acima de 70%);
Taxa de ocupação de leitos de enfermaria específicos para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde: verde (até 50%), amarelo (de 50% a 70%) e vermelho (acima de 70%).
A atualização dos indicadores foi divulgada na tarde desta sexta-feira (17) pela prefeitura e se referem a dados da última quarta (15). Os seguintes números fizeram com que a administração municipal optasse por manter o comércio não essencial fechado:
Número médio de transmissão por infectado (Rt): 1,0 (nível amarelo)
Taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicas para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde: 85% (nível vermelho)
Taxa de ocupação de leitos de enfermaria específicos para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde: 74% (nível vermelho).
Analisados em conjunto, esses três indicadores colocam a cidade no nível de alerta vermelho. Com base nos números, os especialistas do Comitê de Enfrentamento à Epidemia de COVID-19 de BH sugeriram a Kalil não retomar o processo de abertura do comércio. No boletim, a prefeitura justifica a decisão.
"O ritmo de difusão da doença (medido pelo Rt) indica estabilização no nível de contágio. O valor de Rt igual a 1,00 sinaliza uma estabilização do número de novos casos. Ainda que indique uma desaceleração no crescimento exponencial de casos, o número alto de infectados atuais contaminam o mesmo número de pessoas, mantendo alta também, a demanda por leitos de UTI e enfermaria. Isso significa que as altas taxas de ocupação de leitos do município tenderiam a permanecer elevadas durante as próximas semanas. Por isso, mesmo com a expansão no número de leitos, que vem ocorrendo desde o início do ano, será necessário aguardar um recuo no número de internados para que se possa criar as condições ideais para a flexibilização das atividades econômicas", lê-se no documento.
Os dados serão reavaliados pela administração municipal ao longo da próxima semana. Porém, ainda não há previsão para a retomada do processo de abertura do comércio.
Apesar de os números ainda estarem acima do patamar ideal, houve melhora em relação à semana anterior. O Rt caiu de 1,11 para 1,0; já as taxas de ocupação de UTIs e enfermarias caíram, respectivamente, de 88% e 76% para 85% e 74%.
"Em suma, o que os dados dos últimos sete dias revelam é que há uma tendência de estabilização da difusão da doença no nível mais alto de contaminação desde o início da pandemia. Dessa forma, recomenda-se a permanência na fase de controle, acompanhada da avaliação ao longo da próxima semana, de como a tendência de estabilização afetará a taxa de ocupação dos leitos hospitalares", completa a PBH no boletim.
Indicadores auxiliares
Além dos três índices principais, Kalil e o comitê avaliam, ainda, outros dois parâmetros para tomar a decisão de reabrir ou não o comércio:
Índice de isolamento social;
Projeção do número de casos de COVID-19 segundo cenários de contágio.
Veja na imagem abaixo a atualização desses números, segundo a PBH:
Atualização dos indicadores auxiliares utilizados pela PBH para avaliar a viabilidade de reabrir o comércio(foto: Reproduçao/PBH)
Os indicadores auxiliares não são analisados segundo a gradação de cores. Eles servem como sustento para a decisão tomada pelos especialistas com base nos parâmetros principais.
Segundo boletim epidemiológico divulgado nessa quinta-feira pela prefeitura, BH tinha 13.559 casos confirmados de coronavírus, dos quais 320 resultaram em óbitos. Eram ainda 9.999 recuperados e outros 3.240 em acompanhamento médico.
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Na prática, três motivos - ou melhor, três indicadores - fizeram com que a administração municipal optassem por manter apenas serviços considerados essenciais em funcionamento. São eles:
Número médio de transmissão por infectado (Rt);
Taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicas para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde;
Taxa de ocupação de leitos de enfermaria específicos para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde.
Os números de cada um desses três parâmetros são classificados a partir de uma escala de três cores: verde (menor nível de alerta), amarelo (nível intermediário de alerta) e vermelho (maior nível de alerta).
Número médio de transmissão por infectado (Rt): verde (de 0 a 1,0), amarelo (de 1,0 a 1,2) e vermelho (acima de 1,2);
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A atualização dos indicadores foi divulgada na tarde desta sexta-feira (17) pela prefeitura e se referem a dados da última quarta (15). Os seguintes números fizeram com que a administração municipal optasse por manter o comércio não essencial fechado:
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Taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicas para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde: 85% (nível vermelho)
Taxa de ocupação de leitos de enfermaria específicos para pacientes com COVID-19 na rede pública de saúde: 74% (nível vermelho).
Analisados em conjunto, esses três indicadores colocam a cidade no nível de alerta vermelho. Com base nos números, os especialistas do Comitê de Enfrentamento à Epidemia de COVID-19 de BH sugeriram a Kalil não retomar o processo de abertura do comércio. No boletim, a prefeitura justifica a decisão.
"O ritmo de difusão da doença (medido pelo Rt) indica estabilização no nível de contágio. O valor de Rt igual a 1,00 sinaliza uma estabilização do número de novos casos. Ainda que indique uma desaceleração no crescimento exponencial de casos, o número alto de infectados atuais contaminam o mesmo número de pessoas, mantendo alta também, a demanda por leitos de UTI e enfermaria. Isso significa que as altas taxas de ocupação de leitos do município tenderiam a permanecer elevadas durante as próximas semanas. Por isso, mesmo com a expansão no número de leitos, que vem ocorrendo desde o início do ano, será necessário aguardar um recuo no número de internados para que se possa criar as condições ideais para a flexibilização das atividades econômicas", lê-se no documento.
Os dados serão reavaliados pela administração municipal ao longo da próxima semana. Porém, ainda não há previsão para a retomada do processo de abertura do comércio.
Apesar de os números ainda estarem acima do patamar ideal, houve melhora em relação à semana anterior. O Rt caiu de 1,11 para 1,0; já as taxas de ocupação de UTIs e enfermarias caíram, respectivamente, de 88% e 76% para 85% e 74%.
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Além dos três índices principais, Kalil e o comitê avaliam, ainda, outros dois parâmetros para tomar a decisão de reabrir ou não o comércio:
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Os indicadores auxiliares não são analisados segundo a gradação de cores. Eles servem como sustento para a decisão tomada pelos especialistas com base nos parâmetros principais.
Segundo boletim epidemiológico divulgado nessa quinta-feira pela prefeitura, BH tinha 13.559 casos confirmados de coronavírus, dos quais 320 resultaram em óbitos. Eram ainda 9.999 recuperados e outros 3.240 em acompanhamento médico.