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A ciência já comprovou que a máscara, se usada de maneira correta, tende a diminuir consideravelmente a transmissão dos micro-organismos que saem pelo nariz e boca. Em BH, há essa percepção do acessório como prevenção de emergência. De acordo com a pesquisa, 95% das pessoas pretendem continuar a usar máscaras até a chegada da vacina contra a COVID-19 no Brasil. E, embora muitas pessoas não tenham o hábito de utilizar o equipamento de segurança em reuniões de família e/ou amigos (45,67%), parte da população (40,67%) pretende mantê-lo mesmo após o término da pandemia. Mas a maioria (59,33%) diz que vai abandoná-lo.
Os hábitos de lazer noturno, comuns na vida do belo-horizontino, também não foram retomados de forma expressiva. Mesmo com a flexibilização do comércio na capital, 67,33% das pessoas ouvidas não voltaram a frequentar bares, restaurantes e casas noturnas. A pesquisa ainda mostra que a maioria das pessoas (71,67%) pretende tomar a vacina assim que ela estiver disponível, mas há um repúdio ao pagamento pela imunização. Segundo o relatório, 48,33% não pagariam pelo imunizante e 25,67% aceitam comprá-lo apenas se o preço couber no orçamento.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) já garantiu que BH tem recursos necessários para a compra das vacinas para todos caso o governo federal não arque com os custos. Em entrevista coletiva na última semana, ele afirmou que a cidade está preparada financeiramente para distribuir a quantidade necessária do imunizantes. "Não vamos pôr a mão no dinheiro até o Brasil conhecer qual será o critério de imunização que está na boca de sair aí, mas Belo Horizonte não terá problema caso haja maluquice de, pela primeira vez na história, o governo federal não soltar a vacina para o Brasil inteiro".
A técnica em enfermagem Danielle Nicole não desiste nem do equipamento de proteção nem do distanciamento: "Se tiver que ficar em quarentena mil anos para proteger minha família, ficarei"(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A professora Viviane Alves, microbiologista do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, comemora que a população esteja ciente e realmente preocupada com a pandemia. “O interessante também é que todos que estão preocupados aderem à máscara, ao distanciamento e também são a favor da vacina, o que é ótimo”, comenta a especialista.
Com o resultado da pesquisa, a doutora em microbiologia e imunologia também defende que a proteção definitiva à COVID-19 seja distribuída de graça. “É importante ver que a maioria das pessoas deseja que a vacina seja gratuita, talvez com um temor de que seja cara. Se for paga, não vai atender toda a população porque muitos não têm condição de pagar”, argumenta Viviane Alves. “No geral, a população está ciente dos riscos, continua se protegendo. As pessoas estão preocupadas consigo mesmas e também com seus familiares”, conclui.
A tarefa de se proteger não é fácil. Um hábito que antes era comum somente na profissão teve de ser estendido para o convívio social mais amplo. A técnica em enfermagem Danielle Soares Nicoli, de 32 anos, é uma dessas pessoas que não largam a máscara. Ela sonha com a vacina para poder abrir mão do acessório fora do trabalho. “Não estou mais aguentando ficar de máscara o tempo inteiro(...). Já está se tornando um incômodo”, desabafa a profissional de saúde, esperando pela solução em forma de vacina. Danielle se junta à parcela da população arredia à retomada de hábitos de lazer. “Se tiver que ficar em quarentena mil anos para proteger minha família ficarei”, resume.
O microempresário Ricardo de Jesus retomou hábitos de lazer, com restrições: "Não frequento bares nem ambientes fechados com aglomeração de pessoas. Na rua, tento manter o istanciamento"(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O microempresário Ricardo Luiz de Jesus, de 57, já não tinha hábito de visitar bares, mas sempre foi de sair para praticar exercícios físicos. Desde o início da pandemia, ele se isolou e só retornou atividades em meados de setembro. “Sempre uso máscara, não frequento bares nem ambientes fechados com aglomeração de pessoas. Na rua, tento manter o distanciamento. Respeito as normas. Minha mãe tem 76 anos, se eu levar o coronavírus para casa, posso perdê-la.” Apesar de também estar ansioso pela vacina, ele afirma que não pagaria por ela. “Acho que é obrigação do governo federal fornecer o mais rápido possível”, opina.
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A ciência já comprovou que a máscara, se usada de maneira correta, tende a diminuir consideravelmente a transmissão dos micro-organismos que saem pelo nariz e boca. Em BH, há essa percepção do acessório como prevenção de emergência. De acordo com a pesquisa, 95% das pessoas pretendem continuar a usar máscaras até a chegada da vacina contra a COVID-19 no Brasil. E, embora muitas pessoas não tenham o hábito de utilizar o equipamento de segurança em reuniões de família e/ou amigos (45,67%), parte da população (40,67%) pretende mantê-lo mesmo após o término da pandemia. Mas a maioria (59,33%) diz que vai abandoná-lo.
Os hábitos de lazer noturno, comuns na vida do belo-horizontino, também não foram retomados de forma expressiva. Mesmo com a flexibilização do comércio na capital, 67,33% das pessoas ouvidas não voltaram a frequentar bares, restaurantes e casas noturnas. A pesquisa ainda mostra que a maioria das pessoas (71,67%) pretende tomar a vacina assim que ela estiver disponível, mas há um repúdio ao pagamento pela imunização. Segundo o relatório, 48,33% não pagariam pelo imunizante e 25,67% aceitam comprá-lo apenas se o preço couber no orçamento.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) já garantiu que BH tem recursos necessários para a compra das vacinas para todos caso o governo federal não arque com os custos. Em entrevista coletiva na última semana, ele afirmou que a cidade está preparada financeiramente para distribuir a quantidade necessária do imunizantes. "Não vamos pôr a mão no dinheiro até o Brasil conhecer qual será o critério de imunização que está na boca de sair aí, mas Belo Horizonte não terá problema caso haja maluquice de, pela primeira vez na história, o governo federal não soltar a vacina para o Brasil inteiro".
A técnica em enfermagem Danielle Nicole não desiste nem do equipamento de proteção nem do distanciamento: "Se tiver que ficar em quarentena mil anos para proteger minha família, ficarei"(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A professora Viviane Alves, microbiologista do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, comemora que a população esteja ciente e realmente preocupada com a pandemia. “O interessante também é que todos que estão preocupados aderem à máscara, ao distanciamento e também são a favor da vacina, o que é ótimo”, comenta a especialista.
Com o resultado da pesquisa, a doutora em microbiologia e imunologia também defende que a proteção definitiva à COVID-19 seja distribuída de graça. “É importante ver que a maioria das pessoas deseja que a vacina seja gratuita, talvez com um temor de que seja cara. Se for paga, não vai atender toda a população porque muitos não têm condição de pagar”, argumenta Viviane Alves. “No geral, a população está ciente dos riscos, continua se protegendo. As pessoas estão preocupadas consigo mesmas e também com seus familiares”, conclui.
A tarefa de se proteger não é fácil. Um hábito que antes era comum somente na profissão teve de ser estendido para o convívio social mais amplo. A técnica em enfermagem Danielle Soares Nicoli, de 32 anos, é uma dessas pessoas que não largam a máscara. Ela sonha com a vacina para poder abrir mão do acessório fora do trabalho. “Não estou mais aguentando ficar de máscara o tempo inteiro(...). Já está se tornando um incômodo”, desabafa a profissional de saúde, esperando pela solução em forma de vacina. Danielle se junta à parcela da população arredia à retomada de hábitos de lazer. “Se tiver que ficar em quarentena mil anos para proteger minha família ficarei”, resume.
O microempresário Ricardo de Jesus retomou hábitos de lazer, com restrições: "Não frequento bares nem ambientes fechados com aglomeração de pessoas. Na rua, tento manter o istanciamento"(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O microempresário Ricardo Luiz de Jesus, de 57, já não tinha hábito de visitar bares, mas sempre foi de sair para praticar exercícios físicos. Desde o início da pandemia, ele se isolou e só retornou atividades em meados de setembro. “Sempre uso máscara, não frequento bares nem ambientes fechados com aglomeração de pessoas. Na rua, tento manter o distanciamento. Respeito as normas. Minha mãe tem 76 anos, se eu levar o coronavírus para casa, posso perdê-la.” Apesar de também estar ansioso pela vacina, ele afirma que não pagaria por ela. “Acho que é obrigação do governo federal fornecer o mais rápido possível”, opina.