Além de intensificar as regras de isolamento social por meio de decretos, a Prefeitura de Belo Horizonte também trabalha, por meio de doações, para combater o coronavírus. A entidade vai adquirir 1,5 milhão de máscaras para serem distribuídas à população das vilas e aglomerados, que conta com muitos trabalhadores informais que foram afetados diretamente pela pandemia. É justamente nestas comunidades que existe um maior risco de contaminação pela dificuldade de isolamento social. A reportagem fez contato com a prefeitura, que não informou o tipo de máscara que será adquirido nem como a entrega vai acontecer. 

O Comitê de Enfrentamento à Epidemia do Covid-19, composto pelos médicos infectologistas Carlos Starling, Estevão Urbano e Unaí Tupinambá, chefiado pelo Secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, fez a solicitação ao prefeito Alexandre Kalil, que autorizou imediatamente o início do processo de compra e operações a partir desta segunda-feira, dia 13. O Comitê faz questão de ressaltar a importância de medidas de isolamento social e de higiene como lavar bem as mãos para se prevenir do Covid-19. 

Máscaras são recomandadas no uso externo

A orientação dos profissionais de saúde é que toda a população que for sair de casa utilize máscaras afim de evitar que partículas contaminadas sejam disseminadas no amvbiente. O Ministério da Saúde realiza campanha, desde o dia 2 de abril, incentivando as pessoas a produzirem suas próprias máscaras em casa. Estas máscaras também são recomendadas, desde que tenham duas camadas de pano. Cada máscara deve ser individual e trocada assim que ficar úmida. 

As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

“Você pode fazer uma máscara ‘barreira’ usando um tecido grosso, com duas faces. Não precisa de especificações técnicas. Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. A diferença é que ela tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 30 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual”, explica o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

“Máscaras de pano para uso comunitário funcionam muito bem e não são caras de fazer. Porque, agora, é lutar com as armas que a gente tem. Não adianta a gente lamentar que a China não está produzindo. Vamos ter que criar as nossas armas, e elas serão aquelas que nós tivermos”, completou Mandetta.