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Para evitar a propagação do coronavírus nas regiões mais vulneráveis de Belo Horizonte, a prefeitura municipal começa hoje a distribuição de dois milhões de máscaras aos moradores de aglomerados, vilas e favelas. A informação foi divulgada durante entrevista coletiva com o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e secretários nesta tarde.
De acordo com Kalil, o processo de entrega dos equipamentos de proteção segue até amanhã. O prefeito ainda lembrou que parte dos materiais adquiridos pela prefeitura veio com problemas e já foi devolvido ao fornecedor.
Mais uma vez, Kalil pediu o apoio da população sobre o uso de máscaras nas vias públicas e comércios essenciais. "Quando você ver uma pessoa sem máscara, é alguém que não passa de um egoísta, que só pensa nele. Estou de frente a um verdadeiro idiota", enfatizou.
O prefeito reafirmou também a importância do isolamento social para que a flexibilização das medidas comece no dia 25 de maio na capital mineira. "Temos condições de garantir a data desde que a população colabore. Ela é sim responsável, junto com o poder público, porque nós não podemos amarrar ninguém dentro de casa", declarou.
Sobre os pontos e horários de distribuição dos materiais, a reportagem aguarda um retorno da Prefeitura de Belo Horizonte.
Multas
Após recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a prefeitura da capital decidiu revogar na semana passada o decreto que impõe multas de R$ 80 para quem for flagrado sem máscaras na cidade. Porém, na entrevista coletiva, o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, disse que a Câmara Municipal pode iniciar um projeto de lei com sobre a questão. "Nada impede de retornar com esse assunto, mas pode ser que parta deles próprios [os vereadores]", completou.
As multas de R$ 20 mil para quem fizer festas, eventos e comemorações em condomínios também foram canceladas pela prefeitura municipal. Outro ponto acatado na recomendação do órgão é acabar com a proibição de reuniões na modalidade drive-in.
Investimentos na pandemia
Durante a entrevista coletiva, o prefeito Alexandre Kalil citou outros investimentos realizados pela prefeitura para minimizar os prejuízos causados pela pandemia do coronavírus. Desde março, quando foi confirmado o primeiro caso na cidade, estão sendo gastos R$ 70 milhões todos os meses, incluindo a contratação de profissionais, compra das máscaras e aumento do número de leitos.
Segundo o prefeito, a cidade conta hoje com 214 leitos de UTI exclusivos para a pacientes com a doença, além de outros 524 leitos de enfermaria. Caso ocorra uma explosão de casos e sejam necessárias mais vagas nos hospitais, há a disposição da Secretaria Municipal de Saúde outros 668 leitos de UTI e mais de 1.500 de enfermarias, além de 17 ambulâncias.
Na distribuição de cestas básicas para famílias de alunos da rede municipal de educação, além de moradores das vilas e favelas, foram disponibilizados outros R$ 33 milhões — ao todo, são 620 mil kits com alimentos e outros seis mil de materiais de higiene.
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