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Após mais de 60 dias de funcionamento parcial, um grande número de lojas já reabriu neste sábado no Mercado Central, na região Central de Belo Horizonte. E com o funcionamento, mais pessoas passaram pelos corredores do tradicional espaço da capital mineira. Entre queijos, artesanatos e condimentos especiais, alguns chegavam a se aglomerar para fazer as compras.
A abertura de 368 lojas, incluindo as não essenciais, foi autorizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, com exceção dos bares e restaurantes. Porém, as portas da maioria só poderiam abrir a partir da próxima segunda-feira (18). E a medida dividiu as opiniões até entre os frequentadores do local.
Para a secretária Andrea Cristina, de 43 anos, ainda não é o momento de iniciar a flexibilização. Ela lembra do aumento de casos e óbitos causados pelo coronavírus em toda a cidade. "Não é uma boa abrir, agora que está começando a morrer mais gente. Isso é uma burrice de quem está autorizando", afirma. Em isolamento social desde o dia 18 de março, ela diz que só foi ao Mercado por "muita necessidade" de comprar alguns produtos.
Já o engenheiro Nélio Felipe, 39, defende a reabertura gradual e sustentável da economia. "É o novo normal que a gente está vivendo, com máscara e álcool em gel. Agora é habituar com essa realidade. Estamos vendo as pessoas com máscara, mas pouco álcool em gel nas lojas e algumas pessoas sem manter um distanciamento, manter esse cuidado", complementa.
Dálcia Oliveira, 42, enfatiza que mesmo com muitas lojas ainda fechadas, viu filas em alguns locais do Mercado Central. A jornalista defende um maior controle pelos comerciantes e a limitação da entrada da população. "Como os corredores são apertados, acaba propiciando que as pessoas se aglomerem. Ainda há muitos casos suspeitos de coronavírus, eu acho precipitado a reabertura", afirma.
Queda de até 80% nas vendas
Um comerciante que não quis se identificar diz que a reabertura é uma necessidade, já que a queda nas vendas já chegou a até 80%. "Não tem aglomeração coisa nenhuma. O Mercado Central possui capacidade para mil pessoas ou mais, e nem de perto tem essa quantidade de gente aqui. Precisamos trabalhar para pagar as contas", defende.
A opinião é compartilhada por Robson Silva, 28, que trabalha em uma loja de artesanato e panelas há mais de três anos. Mas ele argumenta que é preciso da consciência das pessoas. "A abertura tem uma certa vantagem, vai ter loja, menos pessoas desempregadas também, elas necessitam do trabalho. E o mercado vai colocar uma quantidade de pessoas para entrar. Só precisamos lembrar que muitas acham que só por estar aberto já pode vir. Só tem que sair quem tiver necessidade", aponta.
Medidas de restrição
Antes do anúncio da reabertura, só 110 das 400 lojas seguiam abertas – todas estavam ligadas aos setores de alimentação, pet shop e drogarias. Agora, com a permissão do funcionamento do comércio não essencial no Mercado Central, o espaço deve tomar algumas medidas de restrição, como o controle de acesso.
De acordo com a prefeitura municipal, agentes da Guarda Municipal serão mantidos nas três portas de acesso abertas – na avenida Amazonas e na rua Curitiba. Eles ainda vão monitorar a entrada dos frequentadores, além do uso de máscaras e disponibilização de álcool em gel na entrada.
O último boletim da Secretaria Municipal de Saúde aponta que foram 1.088 casos confirmados, com 29 óbitos.
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Funcionamento de todo o comércio não essencial, exceto bares e restaurantes, foi permitida pela prefeitura, mas só a partir da segunda-feira; medida divide opiniões até entre os frequentadores
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A abertura de 368 lojas, incluindo as não essenciais, foi autorizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, com exceção dos bares e restaurantes. Porém, as portas da maioria só poderiam abrir a partir da próxima segunda-feira (18). E a medida dividiu as opiniões até entre os frequentadores do local.
Para a secretária Andrea Cristina, de 43 anos, ainda não é o momento de iniciar a flexibilização. Ela lembra do aumento de casos e óbitos causados pelo coronavírus em toda a cidade. "Não é uma boa abrir, agora que está começando a morrer mais gente. Isso é uma burrice de quem está autorizando", afirma. Em isolamento social desde o dia 18 de março, ela diz que só foi ao Mercado por "muita necessidade" de comprar alguns produtos.
Já o engenheiro Nélio Felipe, 39, defende a reabertura gradual e sustentável da economia. "É o novo normal que a gente está vivendo, com máscara e álcool em gel. Agora é habituar com essa realidade. Estamos vendo as pessoas com máscara, mas pouco álcool em gel nas lojas e algumas pessoas sem manter um distanciamento, manter esse cuidado", complementa.
Dálcia Oliveira, 42, enfatiza que mesmo com muitas lojas ainda fechadas, viu filas em alguns locais do Mercado Central. A jornalista defende um maior controle pelos comerciantes e a limitação da entrada da população. "Como os corredores são apertados, acaba propiciando que as pessoas se aglomerem. Ainda há muitos casos suspeitos de coronavírus, eu acho precipitado a reabertura", afirma.
Queda de até 80% nas vendas
Um comerciante que não quis se identificar diz que a reabertura é uma necessidade, já que a queda nas vendas já chegou a até 80%. "Não tem aglomeração coisa nenhuma. O Mercado Central possui capacidade para mil pessoas ou mais, e nem de perto tem essa quantidade de gente aqui. Precisamos trabalhar para pagar as contas", defende.
A opinião é compartilhada por Robson Silva, 28, que trabalha em uma loja de artesanato e panelas há mais de três anos. Mas ele argumenta que é preciso da consciência das pessoas. "A abertura tem uma certa vantagem, vai ter loja, menos pessoas desempregadas também, elas necessitam do trabalho. E o mercado vai colocar uma quantidade de pessoas para entrar. Só precisamos lembrar que muitas acham que só por estar aberto já pode vir. Só tem que sair quem tiver necessidade", aponta.
Medidas de restrição
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O último boletim da Secretaria Municipal de Saúde aponta que foram 1.088 casos confirmados, com 29 óbitos.