array(31) {
["id"]=>
int(108704)
["title"]=>
string(79) "Contrários ao Museu das Putas em BH, deputados apelam para Bolsonaro e Damares"
["content"]=>
string(5426) "
Depois de usar o plenário da Assembleia Legislativa para criticar obras de restauração do imóvel que sediará o Museu do Sexo das Putas, em Belo Horizonte, deputados mineiros querem agora que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, adotem “ações que julgar cabíveis” para evitar a instalação do projeto que começou a ser desenvolvido em 2016.
Os requerimentos para a Presidência da República e o Ministério da Mulher foram aprovados pelos integrantes da Comissão de Segurança Pública da Casa, publicados neste sábado no Diário do Legislativo e serão encaminhados a Brasília nesta semana.
Assinado pelos deputados Sargento Rodrigues (PDT), João Leite (PSDB) e Gustavo Santana (PR), um dos requerimentos convida a ministra Damares Alves a visitar o imóvel localizado na Rua Guaicurus, no Centro da capital mineira.
De acordo com o deputado João Leite, o objetivo do grupo é verificar se a existência do museu não pode de alguma forma incitar a exploração sexual de mulheres e adolescentes. "O que vai ser colocado no museu? Essa é uma questão que nos preocupa", afirmou. "O governo Bolsonaro tem adotado uma agenda constante contra essa exploração da mulher, queremos conhecer as informações que o governo tem sobre Minas Gerais", continuou, ao justificar os requerimentos ao Palácio do Planalto.
Os parlamentares querem ainda que Bolsonaro e Damares vejam um vídeo encaminhado à comissão em que autor anônimo diz que “Zona boêmia de Belo Horizonte é isso aí o: o dinheiro dos contribuintes de Belo Horizonte, um dos destinos que está sendo enviado (sic) e vai ser gasto é do Museu do Sexo das Putas. Acredite se quiser”.
Diante da divulgação do vídeo, os deputados usaram as redes sociais e o plenário da Assembleia para questionar se as obras serão custeadas com dinheiro público. Eles se baseiam em um placa do Conselho do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, instalada no imóvel, e que informa a autorização para o início das obras em agosto do ano passado.
Na terça-feira, integrantes da Comissão de Segurança Pública e o vereador de Belo Horizonte Jair di Gregório (PP) estiveram no local. No mesmo dia, os deputados aprovaram os requerimentos, quando Sargento Rodrigues afirmou que a ministra Damares e o presidente Jair Bolsonaro precisam “tomar conhecimento do que está acontecendo” em Belo Horizonte.
“Não vamos permitir que algum dinheiro público, que algum servidor público, seja empregado nesta obra. É uma denúncia gravíssima. Entendemos que o dinheiro público deve ser utilizado na merenda escolar, na saúde, na área social e não na construção do museu do sexo, das putas”, afirmou o deputado Sargento Rodrigues em postagem no Facebook.
Os parlamentares também aprovaram requerimentos pedindo informações ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) e à Câmara Municipal de BH, e denunciaram ao Minitério Público uma suposta irregularidade na construção do museu.
A presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, lamentou a “desinformação e preconceito” dos parlamentares e avaliou que eles estão se aproveitando da polêmica para ganhar votos nas eleições. Segundo ela, o projeto será custeado com recursos da associação e da iniciativa privada.
História
O Museu do Sexo das Putas é uma iniciativa que começou a ser desenvolvida em 2016 pela Aprosmig com objetivo de desmistificar a prostituição e contar a história da região do baixo centro de Belo Horizonte. No local também está prevista a construção de uma biblioteca pública que ficará aberta 24 horas e atenderá ao público vulnerável.
A prefeitura de BH já informou que não haverá uso de dinheiro público nas obras. Em nota, afirmou que a placa da diretoria de patrimônio instalada no imóvel “indica apenas que o projeto de reforma de um bem tombado passou pela aprovação do conselho municipal de patrimônio, não indicando qualquer gasto de dinheiro público com as obras da reforma”.
"
["author"]=>
string(25) "Isabella Souto/ EM.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(553824)
["filename"]=>
string(14) "museuputas.jpg"
["size"]=>
string(5) "39820"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(9) "politica/"
}
["image_caption"]=>
string(47) "(foto: Ricardo Pessetti/Aprosmig/Divulgação))"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(286) "
Em requerimentos publicados neste sábado no Diário do Legislativo, parlamentares mineiros querem que presidente da República e ministra da Mulher adotem 'ações cabíveis' para evitar obras no imóvel que sediará o museu
"
["author_slug"]=>
string(24) "isabella-souto-em-com-br"
["views"]=>
int(214)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(77) "contrarios-ao-museu-das-putas-em-bh-deputados-apelam-para-bolsonaro-e-damares"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2019-07-07 00:55:19.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2019-07-07 00:55:19.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2019-07-07T01:00:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(23) "politica/museuputas.jpg"
}
Depois de usar o plenário da Assembleia Legislativa para criticar obras de restauração do imóvel que sediará o Museu do Sexo das Putas, em Belo Horizonte, deputados mineiros querem agora que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, adotem “ações que julgar cabíveis” para evitar a instalação do projeto que começou a ser desenvolvido em 2016.
Os requerimentos para a Presidência da República e o Ministério da Mulher foram aprovados pelos integrantes da Comissão de Segurança Pública da Casa, publicados neste sábado no Diário do Legislativo e serão encaminhados a Brasília nesta semana.
Assinado pelos deputados Sargento Rodrigues (PDT), João Leite (PSDB) e Gustavo Santana (PR), um dos requerimentos convida a ministra Damares Alves a visitar o imóvel localizado na Rua Guaicurus, no Centro da capital mineira.
De acordo com o deputado João Leite, o objetivo do grupo é verificar se a existência do museu não pode de alguma forma incitar a exploração sexual de mulheres e adolescentes. "O que vai ser colocado no museu? Essa é uma questão que nos preocupa", afirmou. "O governo Bolsonaro tem adotado uma agenda constante contra essa exploração da mulher, queremos conhecer as informações que o governo tem sobre Minas Gerais", continuou, ao justificar os requerimentos ao Palácio do Planalto.
Os parlamentares querem ainda que Bolsonaro e Damares vejam um vídeo encaminhado à comissão em que autor anônimo diz que “Zona boêmia de Belo Horizonte é isso aí o: o dinheiro dos contribuintes de Belo Horizonte, um dos destinos que está sendo enviado (sic) e vai ser gasto é do Museu do Sexo das Putas. Acredite se quiser”.
Diante da divulgação do vídeo, os deputados usaram as redes sociais e o plenário da Assembleia para questionar se as obras serão custeadas com dinheiro público. Eles se baseiam em um placa do Conselho do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, instalada no imóvel, e que informa a autorização para o início das obras em agosto do ano passado.
Na terça-feira, integrantes da Comissão de Segurança Pública e o vereador de Belo Horizonte Jair di Gregório (PP) estiveram no local. No mesmo dia, os deputados aprovaram os requerimentos, quando Sargento Rodrigues afirmou que a ministra Damares e o presidente Jair Bolsonaro precisam “tomar conhecimento do que está acontecendo” em Belo Horizonte.
“Não vamos permitir que algum dinheiro público, que algum servidor público, seja empregado nesta obra. É uma denúncia gravíssima. Entendemos que o dinheiro público deve ser utilizado na merenda escolar, na saúde, na área social e não na construção do museu do sexo, das putas”, afirmou o deputado Sargento Rodrigues em postagem no Facebook.
Os parlamentares também aprovaram requerimentos pedindo informações ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) e à Câmara Municipal de BH, e denunciaram ao Minitério Público uma suposta irregularidade na construção do museu.
A presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, lamentou a “desinformação e preconceito” dos parlamentares e avaliou que eles estão se aproveitando da polêmica para ganhar votos nas eleições. Segundo ela, o projeto será custeado com recursos da associação e da iniciativa privada.
História
O Museu do Sexo das Putas é uma iniciativa que começou a ser desenvolvida em 2016 pela Aprosmig com objetivo de desmistificar a prostituição e contar a história da região do baixo centro de Belo Horizonte. No local também está prevista a construção de uma biblioteca pública que ficará aberta 24 horas e atenderá ao público vulnerável.
A prefeitura de BH já informou que não haverá uso de dinheiro público nas obras. Em nota, afirmou que a placa da diretoria de patrimônio instalada no imóvel “indica apenas que o projeto de reforma de um bem tombado passou pela aprovação do conselho municipal de patrimônio, não indicando qualquer gasto de dinheiro público com as obras da reforma”.