Revisão tarifária da Cemig ficou dois pontos abaixo da estimativa; aumento para o consumidor residencial é de 18,53%, e para a indústria, de 35,56%
O consumidor já pode preparar o bolso. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (22) um reajuste médio de 23,19% para os consumidores na conta de luz da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que entrará em vigor a partir da próxima segunda-feira (28).
O reajuste da Aneel é diferente para as duas categorias de consumidores. Para aqueles que utilizam a baixa tensão - comércio, prédios públicos, propriedades rurais e iluminação pública - o aumento médio será de 18,63%. Já o reajuste para as indústrias - alta tensão - será de 35,56%.
A Aneel esclarece que os consumidores residenciais - também da categoria baixa tensão -, especificamente terão um reajuste de 18,53%.
O reajuste médio para os consumidores de 23,19% na tarifa de energia elétrica anunciado pela Aneel é 2,6 pontos percentuais abaixo do que era esperado. O índice estimado era o de 25,8%, o que resultaria no segundo reajuste mais caro do país.
Todo o ano, a Aneel concede reajustes para as energéticas com base em seus custos de produção, remuneração dos acionistas e valores da energia gerada. A cada cinco anos, a agência faz uma revisão mais abrangente, considerando custos e investimentos de longo prazo. É o que acontece agora com a Cemig.
O reajuste anunciado nesta terça traz uma carga de custos totalmente afetada pela forte estiagem entre 2014 e meados do ano passado. Nesse período, o uso de termelétricas no país foi recorrente. A produção dessa energia é mais cara, pois as térmicas utilizam insumos de custo maior, como diesel e gás natural.