Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) de Minas Gerais divulgou, na manhã desta quarta-feira, o balanço das atividades desenvolvidas em 2020. Durante entrevista coletiva nesta manhã, o estado atualizou o andamento do projeto do Rodoanel Metropolitano, concessões rodoviárias e do Aeroporto da Pampulha e o ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte.


O secretário Fernando Marcato destacou que há uma orientação do governador Romeu Zema (Novo) para que a infraestrutura seja desenvolvida por meio de parcerias público-privadas (PPPs), uma vez que o estado é um dos pioneiros nesse tipo de iniciativa.

 “(É preciso) parar com esta ideia de que o estado consegue fazer tudo. Ele pode manter o controle, planejamento e regulação, sem necessariamente ter que executar. Significa que vou privatizar? Não. Nem nosso modelo jurídico permite isso. Ele exige do gestor uma boa regulação. Algumas obras precisam ser reguladas pelo estado”, pontuou. 

Marcato explicou que 2020 foi um ano para estruturação de projetos e disse que, apesar de ser um fator de incertezas, a pandemia da COVID-19 não impediu a realização dos estudos para as concessões. 
 
Um dos projetos destacados por ele é o do Rodoanel Metropolitano, que tem como objetivo tirar o trânsito pesado, principalmente de veículos de carga, do Anel Rodoviário da capital, o que pode contribuir para reduzir o número de acidentes graves. 
 
“Dividimos em quatro alças: Sul (MG-040), Sudoeste (BR-040 a BR-381), Oeste (BR-381 até LMG-806) e da LMG-806 a BR-381, em Sabará. São investimentos da ordem de R$ 6 bilhões. Ele tem complexidades, tem que ser construído do zero. Mas o desafio da modelagem está praticamente concluído”, disse o secretário de Infraestrutura e Mobilidade.

O plano é começar as consultas públicas entre janeiro e fevereiro do ano que vem. A obra foi tema de uma reunião nessa terça-feira com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, segundo ele, já foram realizadas duas rodadas de sondagens de mercado nos últimos dois meses que envolveram 16 empresas, algumas internacionais, para apresentação do projeto. 


Ainda sobre a malha viária, ele falou sobre a segunda etapa de concessões rodoviárias no estado, que deve começar no início do ano. O objetivo é conceder mais de 3 mil quilômetros de estradas até 2022. Os primeiros lotes estão no Triângulo Mineiro e Pouso Alegre. “Nosso papel foi criar um novo ambiente para que as empresas voltem a investir”, disse.