NORTE DE MINAS

O bode que foi encontrado com a boca costurada com nylon em Porteirinha, no Norte de Minas, foi adotado pela ONG da ativista Luísa Mell.


Ela esteve na cidade nesta terça-feira (11) e se encontrou com membros do Grupo Proteção Animal de Porteirinha, que repercutiu o caso nas redes sociais nos últimos dias. 

Em suas redes sociais, Luísa Mell compartilhou o momento em que chega até a cidade e se depara com o bichinho resgatado.

Nas imagens, ela mostra o caminhão de transporte do bode até São Paulo e diz que ele será bem cuidado. “Você vai ficar bem e vai ter uma vida linda. Lá você vai conhecer meus outros bodes e cabras. Você será muito feliz”, falou ela enquanto acariciava o animal. 

A situação chegou ao conhecimento da protetora por meio de relatos do Grupo Proteção Animal de Porteirinha nas redes sociais. Após ver a postagem, Luisa Mell e sua equipe buscaram informações sobre a localização do bode, que recebeu o nome de Diamante.


Segundo protetores do grupo, o bicho foi encontrado na estrada que dá acesso à comunidade de Salobro, zona rural de Porteirinha.


“De acordo com os moradores, o bode apareceu com a boca costurada e trancada com um cadeado. Ainda não sabemos quem fez isso”, escreveu o grupo nas redes sociais. 


Os moradores descosturaram a boca do bichinho e deram água a ele. 


“No dia 6, o bode foi levado ao médico veterinário Lucas Soares e foi constatado que o bichinho apresenta dentição de leite, ou seja, tem menos de um ano de idade. O estado de saúde dele é normal, apesar das marcas de tortura”, relatou o grupo. 


O bode, então, ficou sob custódia temporária de um morador, até que o destino do animal fosse decidido. 
“Após ouvirmos as orientações da polícia e opiniões de protetores, visando o interesse do animal, concordamos que o melhor para ele era uma adoção fora da cidade. Por se tratar de um município pequeno, o responsável pela maldade poderia ir atrás do animal e colocar em risco a vida dele e do seu tutor”, disseram os protetores do animal. 


Ainda de acordo com eles, “foi registrado boletim de ocorrência na Polícia Militar e o caso foi encaminhado à Polícia Civil para investigação dos envolvidos”. 


Procurada, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que “tão logo foi acionada, no dia 4, foi instaurado procedimento para apurar os fatos. Os trabalhos de apuração seguem em andamento pela Delegacia de Polícia Civil em Porteirinha.”