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string(4409) "Um dos desafios das autoridades de saúde é “atrair” essa parcela da população aos postos; alguns levam os filhos, mas ignoram o cuidado para si
O isolamento social imposto pela pandemia e a percepção equivocada de que a doença não existe mais derrubaram a procura pela vacina contra o sarampo em Minas. Quase um mês após o início da campanha de imunização, apenas 35% do público-alvo se protegeu. A ação termina na sexta-feira.
Nesta quarta etapa, devem participar os adultos de 20 a 49 anos. Ao todo, 3,2 milhões de doses foram aplicadas, mas ainda existem pelo menos 5,9 milhões de mineiros desprotegidos. A meta é blindar 95% dessas pessoas. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Neste ano, pelo menos 21 casos de sarampo, sendo oito em BH, foram confirmados. Médicos sempre reforçam que a doença viral é grave, altamente contagiosa e capaz de matar. Os primeiros sintomas são febre e manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo.
A campanha já foi prorrogada duas vezes. Neste ano, a imunização ocorre de forma indiscriminada, o que significa o objetivo de vacinar 95% das pessoas que têm entre 20 e 49 anos. Ou seja, mesmo quem já recebeu a dose deve comparecer, reforça a coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Josianne Gusmão.
“Se a pessoa se vacinou no ano passado, pode se vacinar de novo. Ela pode ser tomada novamente por quem a recebeu há, no mínimo, 30 dias. Isso é importante porque tem como objetivo reduzir a circulação do sarampo no Estado e no país”, alertou Josianne Gusmão.
A servidora diz que, “infelizmente”, as pessoas só se lembram da imunização em momentos críticos, diante de um surto ou epidemia. “Tem pai e mãe que está dentro dessa faixa de idade, levam um filho ao posto de saúde para se imunizar, mas não atualizam a própria vacinação. Há uma cultura de que sala de vacina é para criança”, lamentou.
Para o infectologista Unaí Tupinambás, é preciso considerar o momento atual. “A pandemia nos trouxe mais este desafio: Manter os programas e campanhas para outras condições, tanto infecciosas (aqui o sarampo) quanto não infecciosas (diabetes, hipertensão). Historicamente, a vacinação entre adultos já é um enorme desafio, que, como disse, neste momento se torna ainda maior”.
Daí, alerta o médico, a importância de fortalecer o Programa Nacional de Imunização, para instrumentalizá-lo a enfrentar esse tipo de desafio, especialmente, reforça, para quando for aprovada a vacina contra a Covid-19.
Josianne Gusmão assegurou ainda que os postos de vacinação estão tomando todo o cuidado para evitar o contágio pela Covid-19.
ALÉM DISSO:
Segundo Josianne Gusmão, como o Estado teve dois anos seguidos de epidemia de febre amarela, isso acendeu o alerta e levou à procura pela vacina contra a doença. A cobertura vacinal em Minas contra a febre amarela é, atualmente, de 100% em todas as faixas etárias.
No entanto, assim como o sarampo, que é grave, podendo levar ao óbito, doenças como hepatite B, difteria e tétano registram cobertura vacinal muito baixa no Estado. “A vacinação é uma responsabilidade coletiva, quando a pessoa se vacina, ela se protege e protege quem está no entorno”, adverte.
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Neste ano, pelo menos 21 casos de sarampo, sendo oito em BH, foram confirmados. Médicos sempre reforçam que a doença viral é grave, altamente contagiosa e capaz de matar. Os primeiros sintomas são febre e manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo.
A campanha já foi prorrogada duas vezes. Neste ano, a imunização ocorre de forma indiscriminada, o que significa o objetivo de vacinar 95% das pessoas que têm entre 20 e 49 anos. Ou seja, mesmo quem já recebeu a dose deve comparecer, reforça a coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Josianne Gusmão.
“Se a pessoa se vacinou no ano passado, pode se vacinar de novo. Ela pode ser tomada novamente por quem a recebeu há, no mínimo, 30 dias. Isso é importante porque tem como objetivo reduzir a circulação do sarampo no Estado e no país”, alertou Josianne Gusmão.
A servidora diz que, “infelizmente”, as pessoas só se lembram da imunização em momentos críticos, diante de um surto ou epidemia. “Tem pai e mãe que está dentro dessa faixa de idade, levam um filho ao posto de saúde para se imunizar, mas não atualizam a própria vacinação. Há uma cultura de que sala de vacina é para criança”, lamentou.
Para o infectologista Unaí Tupinambás, é preciso considerar o momento atual. “A pandemia nos trouxe mais este desafio: Manter os programas e campanhas para outras condições, tanto infecciosas (aqui o sarampo) quanto não infecciosas (diabetes, hipertensão). Historicamente, a vacinação entre adultos já é um enorme desafio, que, como disse, neste momento se torna ainda maior”.
Daí, alerta o médico, a importância de fortalecer o Programa Nacional de Imunização, para instrumentalizá-lo a enfrentar esse tipo de desafio, especialmente, reforça, para quando for aprovada a vacina contra a Covid-19.
Josianne Gusmão assegurou ainda que os postos de vacinação estão tomando todo o cuidado para evitar o contágio pela Covid-19.
ALÉM DISSO:
Segundo Josianne Gusmão, como o Estado teve dois anos seguidos de epidemia de febre amarela, isso acendeu o alerta e levou à procura pela vacina contra a doença. A cobertura vacinal em Minas contra a febre amarela é, atualmente, de 100% em todas as faixas etárias.
No entanto, assim como o sarampo, que é grave, podendo levar ao óbito, doenças como hepatite B, difteria e tétano registram cobertura vacinal muito baixa no Estado. “A vacinação é uma responsabilidade coletiva, quando a pessoa se vacina, ela se protege e protege quem está no entorno”, adverte.