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string(3905) "A crise com os agentes de segurança pública de Minas, que pedem aumento salarial, evidencia um outro problema da categoria: policiais que, para complementar a renda, fazem bicos em seu contraturno, principalmente em empresas de segurança privada. É uma prática comum, mas policiais civis e militares são proibidos por lei de fazerem bicos no horário de folga e podem responder por desvio de conduta.
O principal motivo alegado para o acúmulo de atividades é a complementação de renda. O salário inicial anunciado no último concurso para um soldado da Polícia Militar é de R$ 3.278,74, já um Policial Civil inicia sua carreira com um salário de R$ 4.098,39.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol), José Maria Cachimbinho, a falta de valorização das categorias, baixos salários e parcelamentos dos vencimentos levam os profissionais a buscarem outras alternativas. “Há cinco anos a nossa categoria não tem reposição salarial, o governo não paga em dia, divide, e o policial acaba fazendo empréstimo, pagando juros, se endividando e tem que se virar para pagar as contas”, afirma. Para o policial, isso tem um impacto direto na integridade dos agentes de segurança, pois diminui o tempo de descanso e os expõe a riscos. “Nós estamos com um índice muito alto de policiais estressados, afastados para cuidar de saúde mental, e já tivemos relato este ano de 36 suicídios entre militares, civis e agentes penitenciários”, destacou.
Em Minas, segundo o Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Minas Gerais (Sindesp), hoje, são 125 empresas de segurança autorizadas e 33 mil vigilantes registrados. Em comunicado, o Sindicato afirma que a contratação de segurança clandestina (praticada por pessoas não registradas na categoria de vigilante) é um risco. A nota ainda afirma que para atuar na área é preciso que o profissional faça o curso próprio de formação de vigilante (o treinamento para policiais não é o mesmo que o para segurança privada) e seja cadastrado junto à Polícia Federal, que regulamenta a atividade.
Consultadas por Os Novos Inconfidentes, as Polícias Militar e Civil reiteraram que as atividades paralelas são proibidas nas corporações. Em nota, a PM informou que “caso o militar seja surpreendido ou denunciado em atividade extra não prevista na norma, ele responderá a processo administrativo instaurado pela Corregedoria ou pela unidade a qual a pertence”. Já a assessoria da Polícia Civil apontou que, nesses casos, “a Corregedoria é acionada para apuração do fato e adoção das medidas disciplinares necessárias”.
Negociação – Em negociação com as categorias da segurança pública, o governo de Minas reconheceu as perdas salariais de 28,82% dos agentes de segurança pública e informou que pretende recompor as perdas inflacionárias dos funcionários até 2023. Nesta quinta-feira (19/09), o governador Romeu Zema anunciou a nomeação de 119 escrivães aprovados em concurso público realizado em 2018 e que aguardavam a convocação.
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Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol), José Maria Cachimbinho, a falta de valorização das categorias, baixos salários e parcelamentos dos vencimentos levam os profissionais a buscarem outras alternativas. “Há cinco anos a nossa categoria não tem reposição salarial, o governo não paga em dia, divide, e o policial acaba fazendo empréstimo, pagando juros, se endividando e tem que se virar para pagar as contas”, afirma. Para o policial, isso tem um impacto direto na integridade dos agentes de segurança, pois diminui o tempo de descanso e os expõe a riscos. “Nós estamos com um índice muito alto de policiais estressados, afastados para cuidar de saúde mental, e já tivemos relato este ano de 36 suicídios entre militares, civis e agentes penitenciários”, destacou.
Em Minas, segundo o Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Minas Gerais (Sindesp), hoje, são 125 empresas de segurança autorizadas e 33 mil vigilantes registrados. Em comunicado, o Sindicato afirma que a contratação de segurança clandestina (praticada por pessoas não registradas na categoria de vigilante) é um risco. A nota ainda afirma que para atuar na área é preciso que o profissional faça o curso próprio de formação de vigilante (o treinamento para policiais não é o mesmo que o para segurança privada) e seja cadastrado junto à Polícia Federal, que regulamenta a atividade.
Consultadas por Os Novos Inconfidentes, as Polícias Militar e Civil reiteraram que as atividades paralelas são proibidas nas corporações. Em nota, a PM informou que “caso o militar seja surpreendido ou denunciado em atividade extra não prevista na norma, ele responderá a processo administrativo instaurado pela Corregedoria ou pela unidade a qual a pertence”. Já a assessoria da Polícia Civil apontou que, nesses casos, “a Corregedoria é acionada para apuração do fato e adoção das medidas disciplinares necessárias”.
Negociação – Em negociação com as categorias da segurança pública, o governo de Minas reconheceu as perdas salariais de 28,82% dos agentes de segurança pública e informou que pretende recompor as perdas inflacionárias dos funcionários até 2023. Nesta quinta-feira (19/09), o governador Romeu Zema anunciou a nomeação de 119 escrivães aprovados em concurso público realizado em 2018 e que aguardavam a convocação.