Organizado pelo Partido Socialismo e Verdade (PSOL) a manifestação será às 17h30 na praça da Estação, região Central de Belo Horizonte

Um ato em repúdio ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na noite dessa quarta-feira (14), será realizado em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (15). Organizado pelo Partido Socialismo e Verdade (PSOL) a manifestação será às 17h na praça da Estação, região Central de Belo Horizonte.

“Não vamos nos calar diante de tamanha brutalidade, tampouco mediremos esforços para honrar as batalhas que a companheira travou em vida. Queremos imediata apuração dos fatos! Queremos a verdade! À todos os familiares da Vereadora e do motorista que a acompanhava e também faleceu, nossa profunda solidariedade”, escreveram os organizadores no evento criado pelo Facebook.

O evento intitulado BH Contra o Genocídio negro Marielle presente tem cerca de mil pessoas marcadas para comparecer e outras 2.000 interessadas. Atos também serão realizados em outros Estados do Brasil: São Paulo, Salvador, Natal, Brasília, Recife, Curitiba e Rio de Janeiro.


Vereadora transmitia evento ligado ao movimento negro antes de morrer

Pouco antes de morrer, Marielle fazia uma transmissão ao vivo em seu Facebook do evento Roda de conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas. Junto de outras mulheres ela relembrou sua trajetória de quem cresceu na favela e lutou para fazer vestibular. Quando foi morta a vereadora estava deixando esse evento e indo para casa no bairro da Tijuca, na zona Norte do Rio.

O crime

Marielle foi morta a tiros no bairro do Estácio, região central da capital carioca, na noite desta quarta-feira. Ela estava dentro de um carro acompanhada de um motorista, que também foi morto, e de uma assessora, quando teria sido abordada por outro veículo.

Uma ambulância do quartel central do Corpo de Bombeiros foi acionada para o local e constatou a morte da parlamentar e do motorista.

Crime pode ter motivação política

Oito antes de morrer, a vereadora acompanhava na condição a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.
Moradores contaram, na primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de

Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão. Segundo estes moradores, a PM vem se sentindo "com licença para matar" por conta da intervenção.

Marielle compartilhou a notícia em seu perfil no Facebook, com a inscrição 'Somos todos Acari, parem de nos matar". "Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje, a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior", dizia a mensagem, que conclamava os internautas a reverberarem a denúncia.

Trajetória

Eleita com 46,5 mil votos, a quinta maior votação para vereadora nas eleições de 2016, Marielle Franco estava no primeiro mandato como parlamentar. Oriunda da favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle tinha 38 anos, era socióloga, com mestrado em Administração Pública e militava no tema de direitos humanos.

Governo coloca Polícia Federal para investigar a morte de vereadora

A Presidência da República divulgou nota na noite de hoje (14) em manifestação ao assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro. Nela, o governo afirma que vai acompanhar a apuração do assassinato da vereadora. Acrescenta ainda que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, colocou a Polícia Federal para auxiliar na apuração do crime.

“O governo federal acompanhará toda a apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista que a acompanhava na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, falou com o interventor federal no estado, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar em toda investigação”, diz a íntegra nota.

Confira agenda de atos desta quinta (15):

SÃO PAULO

9h – IFCS – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
17h – MASP

SALVADOR
10h – Tenda Sem Medo no Fórum Social Mundial

BRASÍLIA

11h – Anexo II da Câmara dos Deputados

RIO DE JANEIRO

17h – ALERJ

BELO HORIZONTE

17h – Praça da Estação

RECIFE

16h – Câmara dos Vereadores

CURITIBA

18h30 – Prédio Histórico da UFPR

NATAL

17h – PSOL Natal