Belo Horizonte publicou, nesta quarta-feira (22), o decreto que coloca o município em situação de emergência por causa das chuvas dos últimos dias, especialmente da tempestade que aconteceu no último domingo (19) e que provocou diversos estragos na avenida Teresa Cristina. Contagem, que também foi bastante afetada pela força das águas, já havia decretado situação de emergência nessa terça-feira (21). 

Com isso, Minas passa a ter pelo menos 24 cidades na mesma situação devido a inundações, enxurradas, alagamentos, vendavais, chuvas intensas ou tempestades com raios. Até então, há o registro de 11 mortes devido ao período chuvoso no Estado. 

O caos provocado pela última tempestade em BH motivou o governo federal a emitir um alerta para a possibilidade de mais chuvas intensas em Minas a partir desta quarta-feira (22), sendo que há previsão de índices pluviométricos de até 400 milímetros no Estado. 

Só que Belo Horizonte já ultrapassou este índice durante o mês. Para se ter uma ideia, em janeiro do ano passado, o volume das chuvas foi de 88,6 mm, enquanto no mesmo mês de 2020 este índice é de 486,6, ou seja, quase 50% a mais do que a média histórica dos janeiros da capital mineira, que é de 329 mm. 

Conforme o meteorologista Claudemir Azevedo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet),  a sensação nesta quarta-feira (22) é de "tempo abafado", e a temperatura mínima registrada foi de 17°C e, a máxima prevista, 28°C. Há, ainda, a previsão de uma tempestade pior que a de domingo para a próxima sexta-feira (24). 

Uma curiosidade: o janeiro mais chuvoso da história de Belo Horizonte aconteceu em 1985, com volume de 853,3 mm de chuva. Já o janeiro mais seco ocorreu em 1976, com índice pluviométrico de 32,2 mm. Até o fim desta semana, a previsão é que BH ultrapasse o último ano que mais registrou chuvas em janeiro, que foi 2004, com índice de 502,9 mm.