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Você tem medo de passar por alguns locais do Centro de Belo Horizonte, como a praça Raul Soares e a região da Lagoinha? Eles são marcados por ausência de políticas públicas e alto número de pessoas em situação de rua, mas vêm passado por uma requalificação nos últimos anos, graças à arte.
O responsável por esse movimento é o Circuito Urbano de Arte (Cura) que, desde 2017, convida artistas para pintar fachadas de prédios da capital e realiza intervenções temporárias, ajudando as pessoas a terem um novo olhar nos locais afetados pelo festival.
Para Priscila Amoni, uma das idealizadoras do Cura, intervir nesses espaços faz com que as pessoas tenham mais vontade de ocupá-los.
(Reprodução/Instagram)
"São regiões que estão esquecidas pelo poder público, mas não estão mortas. Até por isso preferimos usar o termo requalificação em vez de revitalização. São lugares cheios de cultura e fazemos um trabalho de resgatar a história e valorizar os artistas que fazem parte dela", explicou.
Além dos grafites gigantescos nas laterais dos edifícios, outro aspecto do festival é promover intervenções temporárias, como as cobras no viaduto Santa Tereza e os bonecos gigantes na Raul Soares, que despertam curiosidade e incitam o público a ir visitá-las.
Na praça, que fica ao lado do Conjunto JK, a instalação se chama "Homens de Barro" e foi criada pela artista baiana Selma Calheira. Já no Santa Tereza, a obra se chama “Entidades” e foi elaborada pelo artista indígena Jaider Esbell, de Roraima.
Cobras no Viaduto Santa Tereza (Maurício Vieira/Hoje em Dia)
"Isso traz um caráter mais interativo e aproxima o público da obra de arte. Um dos nossos objetivos, para o futuro, é instalar obras permanentes e deixar um legado para a cidade", revelou Priscila Amoni.
Bonecos gigantes na Praça Raul Soares(Fernando Michel)
Além do aspecto artístico e social, o Cura também movimenta a economia da cidade em diversas frentes, como a contratação de equipe para realização do evento e a compra de matérias-primas.
"O festival acaba criando pontos turísticos na cidade, atraindo visitantes de fora e gerando renda. Hoje, estamos no calendário nacional de festivais de arte urbana e tudo isso chama a atenção para a cidade", analisou a idealizadora.
As idealizadoras do festival: Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni
( Flávio Tavares/Hoje Em Dia)
Para o futuro, o plano é continuar as intervenções artísticas na praça Raul Soares nas próximas edições. "Queremos continuar por lá por mais um ou dois anos para conseguir fazer uma entrega completa para a cidade", pontuou Priscila Amoni.
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O responsável por esse movimento é o Circuito Urbano de Arte (Cura) que, desde 2017, convida artistas para pintar fachadas de prédios da capital e realiza intervenções temporárias, ajudando as pessoas a terem um novo olhar nos locais afetados pelo festival.
Para Priscila Amoni, uma das idealizadoras do Cura, intervir nesses espaços faz com que as pessoas tenham mais vontade de ocupá-los.
(Reprodução/Instagram)
"São regiões que estão esquecidas pelo poder público, mas não estão mortas. Até por isso preferimos usar o termo requalificação em vez de revitalização. São lugares cheios de cultura e fazemos um trabalho de resgatar a história e valorizar os artistas que fazem parte dela", explicou.
Além dos grafites gigantescos nas laterais dos edifícios, outro aspecto do festival é promover intervenções temporárias, como as cobras no viaduto Santa Tereza e os bonecos gigantes na Raul Soares, que despertam curiosidade e incitam o público a ir visitá-las.
Na praça, que fica ao lado do Conjunto JK, a instalação se chama "Homens de Barro" e foi criada pela artista baiana Selma Calheira. Já no Santa Tereza, a obra se chama “Entidades” e foi elaborada pelo artista indígena Jaider Esbell, de Roraima.
Cobras no Viaduto Santa Tereza (Maurício Vieira/Hoje em Dia)
"Isso traz um caráter mais interativo e aproxima o público da obra de arte. Um dos nossos objetivos, para o futuro, é instalar obras permanentes e deixar um legado para a cidade", revelou Priscila Amoni.
Bonecos gigantes na Praça Raul Soares(Fernando Michel)
Além do aspecto artístico e social, o Cura também movimenta a economia da cidade em diversas frentes, como a contratação de equipe para realização do evento e a compra de matérias-primas.
"O festival acaba criando pontos turísticos na cidade, atraindo visitantes de fora e gerando renda. Hoje, estamos no calendário nacional de festivais de arte urbana e tudo isso chama a atenção para a cidade", analisou a idealizadora.
As idealizadoras do festival: Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni
( Flávio Tavares/Hoje Em Dia)
Para o futuro, o plano é continuar as intervenções artísticas na praça Raul Soares nas próximas edições. "Queremos continuar por lá por mais um ou dois anos para conseguir fazer uma entrega completa para a cidade", pontuou Priscila Amoni.