As baixas temperaturas registradas recentemente em Minas Gerais reforçam a importância das medidas de prevenção à covid-19. O tema foi abordado pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em coletiva virtual realizada nesta terça-feira (25/8). 

As doenças respiratórias apresentam relação com a temperatura porque as pessoas tendem a ficar em ambientes mais fechados e com ventilação reduzida por causa do frio. Por isso, é fundamental que a população mantenha distância mínima de um metro em lugares públicos e em momentos de convívio social, além de não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara com as mãos não higienizadas.

Também é essencial lavar com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão — ou realizar a higienização com álcool em gel 70%.

Amaral destacou que o processo de conscientização desenvolvido para prevenir a covid-19 em Minas Gerais também auxilia no combate a outras outras doenças respiratórias. “Este ano é atípico, pois a sociedade está muito sensibilizada quanto à necessidade de adoção de cuidados pessoais e à prevenção da transmissão de vírus via aérea. Nós já temos conhecimento prévio de que aglomeração vinculada ao frio aumenta a possibilidade de transmissão de doenças”, explicou.

Média móvel

Com relação aos dados da covid-19 em Minas, foram registrados até o momento 198.736 casos confirmados e 4.847 óbitos. Especificamente sobre os 42 óbitos confirmados nas últimas 24 horas, o secretário de Saúde destacou, a partir da análise da data de ocorrência desses óbitos, uma maior concentração de mortes nos últimos oito dias.

“Quando avaliamos a data da confirmação em relação à data do óbito, temos aquele desvio que nos indica uma tendência real à estabilização. Isso é importante para nós porque temos observado, de forma geral, um atraso médio de dez dias no fluxo de notificação à SES. Hoje, sendo dia 25, estaríamos trabalhando com o dia 15, em que já haveria essa possibilidade de queda das mortes por covid-19”, pontuou Amaral.

 

Ao longo da coletiva, o secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, destacou a eficiência do Plano de Contingência Macrorregional. Desde o início da pandemia, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) trabalha na construção desses planos. A partir deles, todas as regiões do estado passam por análises técnicas para identificação do número de leitos, e da necessidade e da viabilidade de ampliação desse total, considerando critérios como equipamentos e recursos humanos disponíveis.

“Em relação aos leitos de UTI, praticamente dobramos o quantitativo total que se tinha, chegando a quase 4 mil. Além disso, mais de 20 mil leitos de enfermaria foram disponibilizados à população. O objetivo foi que não houvesse desassistência a nenhum cidadão de Minas Gerais”, frisou Cabral.

Até o momento, a taxa de ocupação geral de leitos de UTI está em 64,93% e de leitos de enfermaria está em 58,66%.