GRETA THUNBERG


Diretor-geral da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado (Arsae-MG), Antônio Claret afirmou que a ativista sueca Greta Thunberg, 16, era uma “anã de 40 anos, infeliz” e disse que ela estava “à beira de um suicídio”. A declaração foi dada durante um painel no congresso do Movimento Brasil Livre (MBL) que discutiu questões relacionadas ao meio ambiente.

O gestor iniciou sua fala afirmando que “a esquerda se apossou do tema meio ambiente”. Ele disse que pessoas de direita eram obrigadas a estudar o assunto para ter argumentos e rebater, sempre que necessário. “É preciso estudar sobre o tema, se interessar, porque senão vai acabar acontecendo e repetindo de novas situações iguais a daquela menininha chatíssima, Greta não sei das quantas, que para mim é uma anã de 40 anos, infeliz, à beira de um suicídio, fingindo que é uma criança”, disse.

Ele se referia ao discurso ambientalista que a sueca fez no plenário da cúpula do clima da ONU, ocorrido na segunda-feira passada. “Tudo o que ela falou foi um saco. Ela falou que o capitalismo é responsável pelo fim do meio ambiente, que tirou o futuro dela. É necessário que o pessoal da direita estude, aprofunde e busque informação paralela do que essas pessoas têm divulgado”. 

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Antônio Claret participou de congresso promovido pelo Movimento Brasil Livre (MBL) em Belo Horizonte neste sábado.

 Foto: Flávio Tavares/O Tempo

 

O diretor da Arsae também disse que as queimadas não aumentaram no Brasil em 2019 e que elas estavam na média dos últimos anos. No entanto, de acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas, houve um aumento de 31% nas queimadas em todo o Estado no primeiro semestre deste ano em relação a 2018.

“Dados do Inpe e da Nasa são de que as queimadas no Brasil estão dentro da média dos últimos 15 anos, mas a gente está vendo que está tendo um aumento pontual, até pelo clima”, disse, ao ser questionado por O TEMPO. "É um calor grande, uma falta de chuvas que graças a Deus parece que está acabando agora". Ele disse também não ter conhecimento do percentual, que foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros há pouco mais de um mês.

"Você está vendo que há um problema geral. Não em Minas, no Brasil. Em todo lugar, há pessoas reclamando da falta de chuvas", disse Claret. Os números divulgados pelos bombeiros apontam que 99,1% das queimadas foram ocasionadas por ação humana, seja ela criminosa ou não.

Antonio Claret também defendeu a privatização das empresas de saneamento. "O grande problema do saneamento é a universalização do acesso. A saída, para mim, é a privatização, porque é a entrada de dinheiro que vai resolver. Hoje falta recursos".