O preço da gasolina comum está subindo há quatro semanas seguidas no país, apesar de os valores na Petrobras não terem alterado nesse período. Em apenas uma semana, o reajuste nas bombas foi de 1,43%, com o litro do combustível passando de R$ 4,91 para R$ 4,98, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Desde a primeira semana de outubro, a alta do preço médio do combustível foi de 3,97%. Em Minas Gerais, o motorista já pode pagar mais de R$ 5,50 pelo litro da gasolina, após duas semanas de altas consecutivas. 

Entre os dias 22 de outubro e 5 de novembro, o litro saiu de R$ 4,80 para R$ 4,87 no Estado, uma alta de 1,46%. No último levantamento da ANP, o preço mínimo encontrado foi de R$ 4,55, enquanto o máximo foi de R$ 5,67.
Essa variação dos preços encontra explicação no aumento do valor do etanol hidratado e do etanol anidro que são adicionados à gasolina, afirma o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro).

Segundo o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-Esalq), nos últimos 30 dias o hidratado aumentou cerca de 10,81%. Já o anidro teve uma alta de 9,62%.

Alto custo de produção
A Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) explica que a produção do etanol nunca foi tão cara no Brasil. Além disso, a Siamig aponta que o custo do transporte - com a alta do diesel - e os juros elevados também impactam no valor do produto.
As instituições representantes dos setores de produção não souberam dizer se esse aumento das últimas semanas vai continuar.