Brasil247 - O jornalista Ricardo Miranda compara a atitude do atacante do Palmeiras William Bigode, que deixou "no vácuo" o presidente eleito Jair Bolsonaro durante a premiação pela conquista do Campeonato Brasileiro, com o técnico da seleção brasileira João Saldanha.
João Saldanha, técnico da seleção brasileira de futebol nas eliminatórias da Copa do Mundo em 1969, reagiu criticamente ao general Emílio Garrastazu Médici, que resolveu "escalar" Dario "Peito de Aço". João foi demitido e Zagallo assumiu. "O general nunca me ouviu quando escalou seu Ministério. Por que, diabos, teria eu que ouvi-lo agora?", disse João Saldanha na época.
"Não se sabe há quanto tempo o carioca Bolsonaro é palmeirense – mas, digamos, ele se converteu na hora certa. Aparecer no último jogo do Brasileirão, com o Palmeiras já campeão – o ex-presidente Lula é uma corintiano fanático -, foi uma boa jogada. Não se tem notícias de que levou vaias. Mas memes nas redes sociais o mostravam como uma metamorfose ambulante: com camisas de diversos times, especialmente o Rio e de São Paulo – Flamengo, Vasco Fluminense, Corinthians, etc. O volante Felipe Melo, que durante a campanha eleitoral já havia dedicado um gol a Bolsonaro – esse ogro ainda surpreende alguém? – prestou continência ao capitão. Mas em cenas vistas e revistas nas redes, é possível perceber que pelo menos um jogador do Palmeiras, por distração ou convicção, deixou Bolsonaro no vácuo, rindo sozinho. William Bigode passou batido por Bolsonaro, e sequer o cumprimentou na entrega das medalhas. Já temos nosso jovem Saldanha. Será ele expurgado do Palmeiras?", questiona o jornalista.
Leia o texto na íntegra no blog Gilberto Pão Doce.