A entrevista de Marcelo Odebrecht à Folha de S.Paulo, a primeira depois de ter deixado a cadeia, "desafia a versão que se consolidou sobre supostas irregularidades praticadas pelo BNDES. Se ele está falando a verdade — e acho que trata de dados verificáveis —, uma mentira grotesca desmorona", avalia o jornalista Reinaldo Azevedo.


O colunista comenta diversos trechos da fala de Marcelo, a exemplo do funcionamento do BNDES, da acusação de superfaturamento de obras e da influência do ex-presidente Lula, que para ele, "vendia bem o Brasil" quando viajava, mas não beneficiava apenas a Odebrecht, e também outras empresas.

Outra conclusão de Reinaldo ao analisar a entrevista: "O que se tem como certo, aí sim, é que a Lava Jato quebrou a indústria de construção pesada no Brasil. E empreiteiras chegaram e chegarão de fora, ancoradas em agências de financiamento de seus respectivos países, que nos imporão a importação de bens e serviços, gerando empregos fora do Brasil."