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O repórter Vladimir Netto, filho da colunista Miriam Leitão que escreveu livro (Lava Jato - O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil) em defesa do ex-juiz Sergio Moro, aparece em mensagens no Telegram. Além dele, aparece um dos donos da emissora, João Roberto Marinho.
Segundo Kiko Nogueira, o procurador Deltan Dallagnol “privilegiava a Globo em relação ao resto da mídia e queria vender suas dez medidas contra a corrupção com vistas, entre outras coisas, a uma carreira política”.
Em novembro de 2015, Deltan se encontrou com João Roberto, presidente do Conselho Editorial. Ele menciona no aplicativo um “encontro mais reservado”, “bem restrito”, em evento da FGV e ainda pede aos integrantes da Lava Jato manterem “sigilo”.
“Queria falar com Merval Pereira”, requer. O almoço marcado com João Roberto tem como objetivo conseguir o “apoio da Globo”. Eles se reúnem no dia 25 de novembro na casa de Joaquim Falcão, professor da FGV e amigo da família.
“O arquivo da Vaza Jato mostra que a força tarefa antecipava informações para jornalistas da emissora e dava dicas sobre como achar detalhes quentes nas denúncias”, argumenta o livro do Intercept.
Condução coercitiva de Lula
Dallagnol ficou incomodado com as críticas à condução coercitiva de Lula em março de 2016 e recorreu a Vladimir pedindo conselhos.
Os papos entre Dallagnol e Vladimir vão de 2014 a 2019 e enchem 35 páginas de livro. Vladimir sugeriu aos lavajatistas que não emitissem nota sobre a coercitiva de Lula. “Não vejo o que vocês poderiam ganhar com isso”, escreveu no Telegram.
A nota, que acabou sendo emitida, teve a consultoria de Vladimir. Dallagnol afirma que “ficou boa parte do começo, mas com base em seu olhar tiram 2 itens inteiros”.
“Fico feliz em ajudar”, diz o jornalista. “Já soltaram a nota? Ainda dá tempo de sair no JN”.
Dallagnol também arrumou para Janot uma reportagem no Fantástico para mitigar o efeito da prisão de um procurador.
“Seria bem positiva uma entrevista sua. Fica para você avaliar”, diz ao então PGR.
Vladimir Netto foi ouvido pelos autores sobre seu relacionamento com Deltan Dallagnol. Negou tudo.
“Não reconheço esses diálogos. Eles não aconteceram, não são verdadeiros”, declara. “Não mantenho relação de amizade e nem tenho ‘intimidade’ com nenhuma fonte”.
Seu patrão, no entanto, admite que se encontrou com Dallagnol, mas nega que a Globo tenha sido “privilegiada”.
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O repórter Vladimir Netto, filho da colunista Miriam Leitão que escreveu livro (Lava Jato - O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil) em defesa do ex-juiz Sergio Moro, aparece em mensagens no Telegram. Além dele, aparece um dos donos da emissora, João Roberto Marinho.
Segundo Kiko Nogueira, o procurador Deltan Dallagnol “privilegiava a Globo em relação ao resto da mídia e queria vender suas dez medidas contra a corrupção com vistas, entre outras coisas, a uma carreira política”.
Em novembro de 2015, Deltan se encontrou com João Roberto, presidente do Conselho Editorial. Ele menciona no aplicativo um “encontro mais reservado”, “bem restrito”, em evento da FGV e ainda pede aos integrantes da Lava Jato manterem “sigilo”.
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Condução coercitiva de Lula
Dallagnol ficou incomodado com as críticas à condução coercitiva de Lula em março de 2016 e recorreu a Vladimir pedindo conselhos.
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