Por Miguel Enriquez, do DCM - Exatos dois anos depois de sua posse, no dia 1º de junho de 2016, Pedro Parente, não é mais o presidente da Petrobras. Queridinho do mercado, fora apresentado como o homem providencial e o melhor gestor de crises de que o país dispunha, o executivo adequado para sanar a estatal, abalada pelo chamado Petrolão. Entre os áulicos, ninguém superou a jornalista Miriam Leitão, a decana dos comentaristas de economia dos veículos do grupo Globo.
Há menos de três semanas, Miriam, que não tem o menor pudor em deixar-se fotografar em poses lânguidas ao lado de Parente, FHC e outros amigos, dedicou-lhe seu programa na GloboNews para uma espécie de egotrip. “A Petrobras virou a página da sua pior crise, sem dúvida nenhuma, o que não quer dizer que a gente possa relaxar. Estamos seguindo um planejamento estratégico com muita disciplina. Por outro lado, temos que reconhecer que tem evidentemente o efeito do petróleo subindo. E como ele sobe, pode descer”, disse Parente, ante o olhar embevecido de Miriam.
Na ocasião, Parente revelou que todo o esforço na empresa estava dirigido para fazer os ajustes operacionais necessários, a renegociação para mudar o perfil da dívida e as melhoras na área de segurança, porque a Petrobras tem que ser lucrativa com o barril a US$ 35 ou a US$ 75. “Como o preço do petróleo é cíclico, a gente faz bem de seguir a sabedoria, as lições da Bíblia”, afirmou. “Sete anos de bonança e depois sete anos de tempestade. Vamos durante a bonança nos preparar para a tempestade, fortalecendo a empresa e trabalhando no menor custo possível.”
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