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"Estas cidades são responsáveis por 37% dos focos de calor em 2019 e por 43% do desmatamento registrado até o mês de julho", aponta o documento.
Segundo o Inpe, neste ano foi registrado um aumento de 67% no desmatamento da Amazônia.
Entre janeiro e 18 de agosto deste ano, houve um aumento parecido --de 70%-- no número de queimadas no país, sendo 52% delas registradas na Amazônia.
As queimadas são consideradas o processo final do desmatamento e servem para limpeza e transformação da área para pastagem ou, em menor número de casos, para plantações agrícolas. Para o Ipam, "a relação entre desmatamento e fogo mostra-se particularmente forte neste ano de 2019".
"A ocorrência de incêndios em maior número, neste ano de estiagem mais suave, indica que o desmatamento possa ser um fator de impulsionamento às chamas, hipótese testada aqui com resultado positivo: a relação entre os focos de incêndios e o desmatamento registrado do início do ano até o mês de julho mostra-se especialmente forte", diz o estudo.
Segundo dados obtidos pelo projeto TerraClass 2014, do Ministério do Meio Ambiente, de toda a área desmatada até aquele ano, 63% virou pastagem, 6% virou agricultura e quase 22% foram abandonadas e estavam sob regeneração. "Em boa parte dos casos, a exploração da madeira é um motor inicial de degradação, e a pecuária é um fator de consolidação da área", diz documento do Departamento de Florestas do MMA.
Ontem, o UOL revelou que, segundo as medições do Inpe iniciadas desde 2003, o mês de agosto de 2019 registra o maior percentual de queimadas na Amazônia em relação a outros biomas do país: 65,1% do total brasileiro.
Em outros anos, era o cerrado que liderava o número de incêndios. O gerente do Programa Amazônia do WWF Brasil, Ricardo Mello, explica que no cerrado há ignição espontânea e no caso da região amazônica não há um processo natural que provoque queimadas. "Todo fogo [na região amazônica] é de alguma forma iniciado pelo ser humano. Então esse aumento é diretamente causado pela ação do homem", afirma.
O Ipam afirma que os dados de 2019 apontam que é necessária uma ação imediata para conter a destruição da Amazônia.
"É urgente que se retome as campanhas de prevenção de queimadas, combate aos incêndios florestais e o uso de técnicas controladas do fogo. Os proprietários rurais devem ser estimulados a aplicarem técnicas de manejo correto, como o uso de aceiros [desbaste de um terreno], para evitar a propagação acidental das chamas", explica.
Focos de incêndio* e áreas desmatadas** em 2019
- Apuí (AM): 1.754 focos - 151 km²
- Altamira (PA): 1.630 focos - 297,3 km²
- Porto Velho (RO): 1.570 focos - 183,5 km²
- Caracaraí (RR): 1.379 focos - 16 km³
- São Félix do Xingu (PA): 1.202 focos - 218,9 km²
- Novo Progresso (PA): 1.170 focos - 67,8 km²
- Lábrea (AM): 1.170 focos - 197,4 km²
- Colniza (MT): 869 focos - 82,4 km²
- Novo Aripuanã (AM): 665 focos - 122,3 km²
- Itaituba (PA): 611 focos, 67,8 km²
* Até 18 de agosto
** Entre janeiro e julho de 2019
Fonte: Ipam/Inpe
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"Estas cidades são responsáveis por 37% dos focos de calor em 2019 e por 43% do desmatamento registrado até o mês de julho", aponta o documento.
Segundo o Inpe, neste ano foi registrado um aumento de 67% no desmatamento da Amazônia.
Entre janeiro e 18 de agosto deste ano, houve um aumento parecido --de 70%-- no número de queimadas no país, sendo 52% delas registradas na Amazônia.
As queimadas são consideradas o processo final do desmatamento e servem para limpeza e transformação da área para pastagem ou, em menor número de casos, para plantações agrícolas. Para o Ipam, "a relação entre desmatamento e fogo mostra-se particularmente forte neste ano de 2019".
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Segundo dados obtidos pelo projeto TerraClass 2014, do Ministério do Meio Ambiente, de toda a área desmatada até aquele ano, 63% virou pastagem, 6% virou agricultura e quase 22% foram abandonadas e estavam sob regeneração. "Em boa parte dos casos, a exploração da madeira é um motor inicial de degradação, e a pecuária é um fator de consolidação da área", diz documento do Departamento de Florestas do MMA.
Ontem, o UOL revelou que, segundo as medições do Inpe iniciadas desde 2003, o mês de agosto de 2019 registra o maior percentual de queimadas na Amazônia em relação a outros biomas do país: 65,1% do total brasileiro.
Em outros anos, era o cerrado que liderava o número de incêndios. O gerente do Programa Amazônia do WWF Brasil, Ricardo Mello, explica que no cerrado há ignição espontânea e no caso da região amazônica não há um processo natural que provoque queimadas. "Todo fogo [na região amazônica] é de alguma forma iniciado pelo ser humano. Então esse aumento é diretamente causado pela ação do homem", afirma.
O Ipam afirma que os dados de 2019 apontam que é necessária uma ação imediata para conter a destruição da Amazônia.
"É urgente que se retome as campanhas de prevenção de queimadas, combate aos incêndios florestais e o uso de técnicas controladas do fogo. Os proprietários rurais devem ser estimulados a aplicarem técnicas de manejo correto, como o uso de aceiros [desbaste de um terreno], para evitar a propagação acidental das chamas", explica.
Focos de incêndio* e áreas desmatadas** em 2019
- Apuí (AM): 1.754 focos - 151 km²
- Altamira (PA): 1.630 focos - 297,3 km²
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- Novo Aripuanã (AM): 665 focos - 122,3 km²
- Itaituba (PA): 611 focos, 67,8 km²
* Até 18 de agosto
** Entre janeiro e julho de 2019
Fonte: Ipam/Inpe