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O Minas Shopping, em Belo Horizonte, receberá a sétima edição do Miss Minas Gerais Plus Size neste sábado (15/10). O concurso apresentará 20 candidatas de cidades mineiras que disputarão por uma vaga para concorrer, em novembro, ao título nacional no Rio de Janeiro (RJ). O júri será composto por profissionais de segmentos plus size, e as participantes serão avaliadas em trajes casual, banho e gala.
Atualmente, o termo ‘plus size’ classifica manequins acima de 44, mas Erica Dante, idealizadora do concurso e ex-modelo plus size, explica que a denominação tem um significado muito maior. “Representa um movimento em constante evolução no Brasil e no mundo: a aceitação do corpo e a quebra da tradicional crença limitante que relaciona um número de manequim ao status de beleza e de saúde.”
De que forma a gordofobia limita a existência de pessoas gordas?
Érica explica que, quando trabalhava como modelo, percebeu que ela e outras modelos plus size recebiam um tratamento diferente das modelos magras, então, resolveu abrir sua própria agência com foco em plus size. O Miss Minas Gerais Plus Size surgiu a partir de uma demanda das próprias modelos com quem costumava trabalhar ainda em 2016, e é hoje, uma forma de levar representatividade ao mercado da beleza.
Conexão entre as candidatas
Apesar da pandemia da COVID-19, Erica optou por não deixar de realizar o concurso em 2020, que aconteceu on-line e contou com atividades e cursos exclusivos desenvolvidos por Júlia Horta, vencedora da edição do Missa Brasil de 2019. Quando estimuladas a compartilhar experiências entre si – principalmente preconceitos com base na gordofobia –, as participantes criaram uma conexão que fez a rivalidade ser deixada de lado.
“A Júlia contou muito do preconceito que ela sofria, de pessoas apontando defeitos nela. ‘Você é muito magra pra ser plus size’; ‘Você está gorda para ser Miss Brasil’; ‘Seu cabelo é feio’; ‘Seu nariz é torto’, e muitas outras coisas. Nisso, as meninas também puderam perceber que o problema do preconceito é com os outros”, conta Erica.
A partir do compartilhamento, as candidatas também impulsionaram a confiança e a autoestima. Dante ainda explica que muitas das mulheres que escolhem participar do Miss saíram de relacionamentos abusivos, nos quais só usavam roupas pretas como uma forma de mascarar o próprio corpo, mas que durante o concurso, levavam roupas vibrantes e cheias de brilho, relacionando as histórias à escolha do logo do Miss, que é uma borboleta.
“É um momento de transformação para essas mulheres, quando elas percebem que tudo aquilo que falaram para elas, elas são capazes de ultrapassar. Eu percebo o Miss como algo inspirador, uma conquista para elas como mulheres plus e algo inspirador para outras mulheres”, afirma Erica.
O evento também promove a hashtag #UmaVenceTodasGanham, afastando o estigma de que o concurso incentivaria a rivalidade entre as mulheres. “Não pregamos essa disputa e entendemos que, dentro de um concurso que procura inspirar e dar voz a mulheres que cresceram aprendendo que seriam melhores na sociedade se o número de seus manequins diminuísse, devemos nos unir e não segregar”, afirma uma postagem no perfil do Miss.
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Atualmente, o termo ‘plus size’ classifica manequins acima de 44, mas Erica Dante, idealizadora do concurso e ex-modelo plus size, explica que a denominação tem um significado muito maior. “Representa um movimento em constante evolução no Brasil e no mundo: a aceitação do corpo e a quebra da tradicional crença limitante que relaciona um número de manequim ao status de beleza e de saúde.”
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Conexão entre as candidatas
Apesar da pandemia da COVID-19, Erica optou por não deixar de realizar o concurso em 2020, que aconteceu on-line e contou com atividades e cursos exclusivos desenvolvidos por Júlia Horta, vencedora da edição do Missa Brasil de 2019. Quando estimuladas a compartilhar experiências entre si – principalmente preconceitos com base na gordofobia –, as participantes criaram uma conexão que fez a rivalidade ser deixada de lado.
“A Júlia contou muito do preconceito que ela sofria, de pessoas apontando defeitos nela. ‘Você é muito magra pra ser plus size’; ‘Você está gorda para ser Miss Brasil’; ‘Seu cabelo é feio’; ‘Seu nariz é torto’, e muitas outras coisas. Nisso, as meninas também puderam perceber que o problema do preconceito é com os outros”, conta Erica.
A partir do compartilhamento, as candidatas também impulsionaram a confiança e a autoestima. Dante ainda explica que muitas das mulheres que escolhem participar do Miss saíram de relacionamentos abusivos, nos quais só usavam roupas pretas como uma forma de mascarar o próprio corpo, mas que durante o concurso, levavam roupas vibrantes e cheias de brilho, relacionando as histórias à escolha do logo do Miss, que é uma borboleta.
“É um momento de transformação para essas mulheres, quando elas percebem que tudo aquilo que falaram para elas, elas são capazes de ultrapassar. Eu percebo o Miss como algo inspirador, uma conquista para elas como mulheres plus e algo inspirador para outras mulheres”, afirma Erica.
O evento também promove a hashtag #UmaVenceTodasGanham, afastando o estigma de que o concurso incentivaria a rivalidade entre as mulheres. “Não pregamos essa disputa e entendemos que, dentro de um concurso que procura inspirar e dar voz a mulheres que cresceram aprendendo que seriam melhores na sociedade se o número de seus manequins diminuísse, devemos nos unir e não segregar”, afirma uma postagem no perfil do Miss.