O Tribunal do Júri de Osasco (SP) condenou nesta sexta-feira (2/3) mais um policial militar pela chacina ocorrida em 13 de agosto de 2015, em Osasco e Barueri. O cabo Victor Cristilder Silva dos Santos foi sentenciado a 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão por participação em 12 homicídios consumados e outros quatro tentados .
Ao todo, 23 pessoas foram mortas a tiros em Osasco, Carapicuíba, Barueri e Itapevi, entre os dias 8 e 13 de agosto daquele ano. Foi a maior chacina da história do estado de São Paulo.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o Ministério Público acusou o cabo de estar em alguns dos locais de crime e de ter organizado os ataques do dia 13 de agosto de 2015 junto ao chefe de um grupo de elite da guarda municipal de Barueri.
João Carlos Campanini, advogado de Victor Cristilder, disse ao jornal que o resultado do julgamento foi incoerente. “Os jurados o absolveram sobre existir uma organização ou uma quadrilha. Entendi que não houve coerência porque ele era acusado de liderar essa organização. Infelizmente, injustiça”, afirmou.
Por ter recorrido da sentença de pronúncia, o réu não participou do primeiro júri popular do caso, que aconteceu em setembro do ano passado. Na ocasião, outros dois policiais militares e um guarda civil também foram condenados.