OBrasil realizou entre 2 e 30 de agosto um total de 7.130 detenções por homicídios de mulheres e violência doméstica, além de ter atendido 73.336 vítimas, informou na terça-feira o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Ainda de acordo com a pasta, foram solicitadas 49.542 medidas protetivas de urgência, das quais 956 foram acompanhadas pelas autoridades. 

Mais de 280 pessoas foram detidas em flagrante durante operações realizadas em 1.285 municípios. Além disso, foram apreendidos 989,89 quilos de drogas e 1.286 armas.

Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou um caso de violação sexual a cada seis minutos em 2023, totalizando 83.988 casos. A taxa de estupros foi de 41,4 para cada 100 mil habitantes, com um aumento de 6,5% em relação a 2022.

O levantamento revelou que a maioria das vítimas de estupro eram crianças de até 14 anos e pessoas vulneráveis (76%), sendo predominantemente do sexo feminino (88,2%) e negras (52,2%). A violência geralmente ocorreu dentro de casa (61,7%), com a maioria dos agressores sendo familiares (64%) ou pessoas conhecidas das vítimas (22,4%).

Além dos casos de estupro, o estudo apontou um aumento em todas as formas de violência contra mulheres no Brasil no ano passado. O número de feminicídios subiu 0,8%, totalizando 1.467 casos em 2023. A maioria das vítimas de feminicídio eram negras (63,6%), com idades entre 18 e 44 anos (71,1%) e foram assassinadas em suas residências (64,3%). Os principais agressores eram parceiros (63%), ex-parceiros (21,2%) ou familiares (8,7%).

As tentativas de feminicídio também aumentaram em 7,1%, somando 2.797 casos no ano passado.

O levantamento indicou ainda que as agressões relacionadas à violência doméstica cresceram 9,8%, com 258.941 registros. Casos de 'stalking' ou perseguição aumentaram 34,5% (77.083 registros), e importunação sexual teve um aumento de 48,7% (41.371 registros). As tentativas de homicídio cresceram 9,2%, totalizando 8.372 casos, e as denúncias de violência psicológica subiram 33,8%, com 38.507 registros.

 

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