CHINA


Berço da pandemia do novo coronavírus, a cidade de Wuhan, capital da província de Hubei na China, decidiu proibir a caça e o consumo de animais silvestres na região. A medida é uma tentativa de frear o comércio ilegal dessas espécies, como cobras, morcegos, tartarugas, porquinhos da Índia, texugos, ouriços, lontras e até mesmo filhotes de lobo.


De acordo com informações da China Global Television Network (CGTN), empresa estatal de comunicação do país, a medida tem validade de cinco anos e estabelece padrões para a criação dos animais permitidos, reforça fiscalização do consumo e aumenta a repressão às atividades ilegais.


Na China, bem como em muitos países asiáticos, é comum a comercialização de animais silvestres em estabelecimentos conhecidos como "mercados úmidos". 


Pesquisadores e autoridades sanitárias trabalham com a possibilidade de o novo coronavírus ter nascido de uma zoonose, uma vez que em Wuhan, o primeiro conjunto de casos foi vinculado a um desses mercados, onde os animais vivos eram mantidos próximos, criando uma oportunidade para o vírus saltar para os seres humanos.


É provávrl que o primeiro coronavírus, responsável pela pandemia da SARS em 2002, tenha se originado em morcegos antes de se espalhar em um mercado na China e, finalmente, infectar e matar 800 pessoas em todo o mundo.