A medida, com duração de 30 dias, pegou de surpresa os aliados europeus de Washington, que reclamaram de não terem sido informados previamente de uma decisão tão importante - a rota aérea entre a Europa e os EUA é das mais movimentadas do mundo.

Os últimos viajantes europeus a desembarcar em solo americano antes do início das restrições disseram que a passagem pela alfândega foi normal: não houve perguntas sobre o coronavírus ou medição de temperatura.

"Não vimos nenhuma máscara, nada, não houve checagens. A única parte boa é que não tinha muita gente no aeroporto, foi tudo rápido", disse à agência de notícias AFP Jean-Marie Demoor, 52, turista belga que vive na Espanha, após pousar em Los Angeles.

Entre outros esforços contra a pandemia do novo coronavírus, Trump declarou nesta sexta (13) emergência nacional, o que permite ao Executivo usar US$ 50 bilhões para combater a doença no país. O líder americano também decidiu que domingo (15) será um dia nacional de orações.

Ainda neste sábado, durante a madrugada, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um pacote de medidas de emergência para conter a pandemia.

Segundo o New York Times, o pacote inclui, dentre outras medidas, licença médica remunerada de até duas semanas para trabalhadores infectados e o oferecimento gratuito de exames médicos (os EUA não possuem sistema de saúde universal).
A legislação, aprovada por 363 votos a 40, é fruto da negociação entre Trump e a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi. O texto segue, agora, para votação no Senado.