array(31) {
["id"]=>
int(164853)
["title"]=>
string(53) "Uruguai realiza eleições com esquerda como favorita"
["content"]=>
string(6396) "O Uruguai, a democracia mais estável da América Latina, votará no domingo (27) para eleger o sucessor do presidente de centro-direita Luis Lacalle Pou, com a esquerda como favorita em uma corrida que parece encaminhada para o segundo turno.
O esquerdista Yamandú Orsi, professor de História de 57 anos, pupilo do ex-presidente José "Pepe" Mujica e candidato da oposição Frente Ampla, lidera as intenções de voto com 41%-47%, mas não obteria mais do que os 50% necessários para vencer no primeiro turno.
Orsi aspira governar este país de 3,4 milhões de habitantes, predominantemente agrícola, com alta renda per capita e baixos níveis de pobreza e desigualdade em relação à região.
Ele é seguido pelos candidatos dos principais partidos da coalizão liderada pelo presidente Lacalle Pou, que tem 47% de aprovação, mas não pode buscar a reeleição imediata segundo a Constituição.
O candidato do Partido Nacional, Álvaro Delgado, veterinário de 55 anos que foi secretário da Presidência de Lacalle Pou, tem apoio de 20%-25%.
Com 15-16%, seu rival do também histórico Partido Colorado, Andrés Ojeda, de 40 anos, pode arrebatar o segundo lugar.
Este jovem advogado midiático, que é comparado ao ultraliberal presidente argentino Javier Milei pela sua forma pouco tradicional de fazer política, apresenta-se como o rosto da renovação e tem ganhado força nas últimas semanas.
Mais de 2,7 milhões de uruguaios devem comparecer às urnas para eleger o presidente e o vice-presidente para o período 2025-2030, assim como as 30 cadeiras no Senado e 99 na Câmara dos Deputados.
- Provável segundo turno -
A tensão voltou-se em grande parte para as redes sociais, não imunes à onda de desinformação que afeta os processos eleitorais no mundo.
A equipe de verificação da AFP registrou conteúdos com imagens que fingem ser da imprensa e termos como "fraude" ou "clonagem de envelopes" que visam desacreditar as eleições.
Caso nenhum dos candidatos obtenha a maioria absoluta, haverá um segundo turno no dia 24 de novembro.
Para a disputa final, tudo indica que Orsi enfrentará Delgado ou Ojeda, que se apoiarão e esperam contar com os votos dos parceiros menores do bloco governante: Cabildo Abierto (4%-2% nas pesquisas) e o Partido Independente (3%-1%).
Os dois lados aspiram conquistar a maioria parlamentar em outubro, um sinal inequívoco, segundo os analistas, de alcançar a vitória em novembro.
- Economia -
Independente de quem vencer, não são esperadas grandes mudanças na política econômica.
Todos os candidatos apostam na aceleração do crescimento, desacelerado pela pandemia de covid-19 e por uma seca histórica, mas em recuperação: o FMI projeta uma expansão do PIB de 3,2% em 2024 e de 3% em 2025. O grande desafio é reduzir o déficit fiscal (-4,4 do PIB em agosto).
Por conta disso, os observadores internacionais veem com preocupação uma vitória do plebiscito para modificar o sistema de seguridade social, promovido pela central sindical única Pit-Cnt, junto com setores da frente ampla como o Partido Comunista e o Partido Socialista.
"O próximo governo herdará um espaço fiscal relativamente limitado", disse Yolanda Ngo, executiva da agência de classificação de risco Morningstar DBRS.
"A questão-chave é se ele se concentrará em perseguir seus objetivos políticos de uma forma fiscalmente sustentável, como esperamos, ou se terá que se concentrar em conter as consequências de um plebiscito bem-sucedido sobre a seguridade social", acrescentou.
Todos os candidatos anunciaram que não votarão a favor desta emenda constitucional e as pesquisas projetam que será rejeitada.
"
["author"]=>
string(24) "Aline Dieste - EM.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(620548)
["filename"]=>
string(20) "eleicoesuruguaii.jpg"
["size"]=>
string(5) "89205"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(3) "bb/"
}
["image_caption"]=>
string(136) "Yamandu Orsi, candidato da esquerda à presidência do Uruguai, favorito nas pesquisas até o momento crédito: Pablo PORCIUNCULA / AFP"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(166) "Pupilo do ex-presidente José Mujica lidera intenções de voto, mas vitória não deve se dar no primeiro turno
"
["author_slug"]=>
string(22) "aline-dieste-em-com-br"
["views"]=>
int(47)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(51) "uruguai-realiza-eleicoes-com-esquerda-como-favorita"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-10-25 10:24:55.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-10-25 22:26:16.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2024-10-25T10:20:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(23) "bb/eleicoesuruguaii.jpg"
}
O Uruguai, a democracia mais estável da América Latina, votará no domingo (27) para eleger o sucessor do presidente de centro-direita Luis Lacalle Pou, com a esquerda como favorita em uma corrida que parece encaminhada para o segundo turno.
O esquerdista Yamandú Orsi, professor de História de 57 anos, pupilo do ex-presidente José "Pepe" Mujica e candidato da oposição Frente Ampla, lidera as intenções de voto com 41%-47%, mas não obteria mais do que os 50% necessários para vencer no primeiro turno.
Orsi aspira governar este país de 3,4 milhões de habitantes, predominantemente agrícola, com alta renda per capita e baixos níveis de pobreza e desigualdade em relação à região.
Ele é seguido pelos candidatos dos principais partidos da coalizão liderada pelo presidente Lacalle Pou, que tem 47% de aprovação, mas não pode buscar a reeleição imediata segundo a Constituição.
O candidato do Partido Nacional, Álvaro Delgado, veterinário de 55 anos que foi secretário da Presidência de Lacalle Pou, tem apoio de 20%-25%.
Com 15-16%, seu rival do também histórico Partido Colorado, Andrés Ojeda, de 40 anos, pode arrebatar o segundo lugar.
Este jovem advogado midiático, que é comparado ao ultraliberal presidente argentino Javier Milei pela sua forma pouco tradicional de fazer política, apresenta-se como o rosto da renovação e tem ganhado força nas últimas semanas.
Mais de 2,7 milhões de uruguaios devem comparecer às urnas para eleger o presidente e o vice-presidente para o período 2025-2030, assim como as 30 cadeiras no Senado e 99 na Câmara dos Deputados.
- Provável segundo turno -
A tensão voltou-se em grande parte para as redes sociais, não imunes à onda de desinformação que afeta os processos eleitorais no mundo.
A equipe de verificação da AFP registrou conteúdos com imagens que fingem ser da imprensa e termos como "fraude" ou "clonagem de envelopes" que visam desacreditar as eleições.
Caso nenhum dos candidatos obtenha a maioria absoluta, haverá um segundo turno no dia 24 de novembro.
Para a disputa final, tudo indica que Orsi enfrentará Delgado ou Ojeda, que se apoiarão e esperam contar com os votos dos parceiros menores do bloco governante: Cabildo Abierto (4%-2% nas pesquisas) e o Partido Independente (3%-1%).
Os dois lados aspiram conquistar a maioria parlamentar em outubro, um sinal inequívoco, segundo os analistas, de alcançar a vitória em novembro.
- Economia -
Independente de quem vencer, não são esperadas grandes mudanças na política econômica.
Todos os candidatos apostam na aceleração do crescimento, desacelerado pela pandemia de covid-19 e por uma seca histórica, mas em recuperação: o FMI projeta uma expansão do PIB de 3,2% em 2024 e de 3% em 2025. O grande desafio é reduzir o déficit fiscal (-4,4 do PIB em agosto).
Por conta disso, os observadores internacionais veem com preocupação uma vitória do plebiscito para modificar o sistema de seguridade social, promovido pela central sindical única Pit-Cnt, junto com setores da frente ampla como o Partido Comunista e o Partido Socialista.
"O próximo governo herdará um espaço fiscal relativamente limitado", disse Yolanda Ngo, executiva da agência de classificação de risco Morningstar DBRS.
"A questão-chave é se ele se concentrará em perseguir seus objetivos políticos de uma forma fiscalmente sustentável, como esperamos, ou se terá que se concentrar em conter as consequências de um plebiscito bem-sucedido sobre a seguridade social", acrescentou.
Todos os candidatos anunciaram que não votarão a favor desta emenda constitucional e as pesquisas projetam que será rejeitada.