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A Ucrânia trabalha neste sábado (17) para restabelecer o abastecimento de eletricidade e água, um dia depois dos bombardeios russos que provocaram cortes nestes serviços básicos em todo o território, em um momento em que as temperaturas estão abaixo de zero.
A operadora nacional ucraniana impôs apagões de emergência na sexta-feira, depois que a Rússia bombardeou massivamente as instalações de energia do país.
O sistema de energia "continua se recuperando", disse a Ukrenergo neste sábado, observando, no entanto, que o déficit de energia ainda é "significativo".
O restabelecimento da energia pode demorar mais em comparação com os bombardeios anteriores devido à extensão dos danos sofridos no norte, centro e sul do país, afirmou a operadora.
Moscou disparou 74 mísseis, a maioria de cruzeiro, na sexta-feira, de acordo com o Exército ucraniano. A defesa antiaérea conseguiu abater 60 deles, acrescentou.
A última onda de ataques russos causou grandes danos e, no sábado, um terço dos moradores de Kiev ainda estava sem energia, de acordo com o prefeito Vitali Klitschko.
As autoridades conseguiram, no entanto, restabelecer o abastecimento de água e o funcionamento do metrô, que havia sido interrompido para que os moradores pudessem usar as estações como abrigo.
Os ataques também deixaram Kharkiv no escuro, a segunda maior cidade da Ucrânia no nordeste, embora a energia tenha sido restaurada neste sábado, de acordo com o governador regional Oleg Sinegubov.
Enquanto Moscou bombardeava a Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu com os principais comandantes encarregados da operação militar naquela ex-república soviética, anunciou o Kremlin no sábado.
"Gostaria de ouvir suas propostas sobre nossas ações a curto e médio prazo", disse Putin na reunião, que contou com a presença do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov. As imagens foram transmitidas neste sábado pela televisão estatal russa.
"Terror indiscriminado"
Após uma série de reveses militares no sul e nordeste da Ucrânia, a Rússia, que lançou uma ofensiva na Ucrânia no final de fevereiro, optou desde outubro por uma tática de ataques em massa contra redes de energia.
O Ministério da Defesa da Rússia disse neste sábado que os ataques visavam instalações militares e de energia ucranianas e também buscavam interromper "a transferência de armas e munições produzidas no exterior".
"Todos os alvos designados foram atingidos", declarou ele em seu relatório diário.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou em nota o "terror indiscriminado" da Rússia sobre a Ucrânia. "Esses ataques cruéis e desumanos visam aumentar o sofrimento humano e privar o povo ucraniano", disse ele.
Em Kiev, as temperaturas na sexta-feira variaram entre 1 e 3 graus abaixo de zero. A capital resistiu a "um dos maiores ataques com mísseis" desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, disse a administração militar da região. As autoridades especificaram que a defesa aérea abateu 37 dos 40 mísseis.
Em Kryvyi Rig (centro), o bombardeio atingiu um prédio residencial. Uma mulher de 64 anos e um jovem casal com um filho pequeno foram mortos, disse o governador regional Valentyn Reznichenko neste sábado. Outras 13 pessoas ficaram feridas, acrescentou.
Em Kherson (sul), recentemente recuperada pelas tropas de Kiev, um bombardeio russo matou um homem de 36 anos e feriu uma mulher de 70 anos, afirmou o governador Yaroslav Yanushevich.
Guerra prolongada
Moscou alega que o bombardeio de instalações de energia ucranianas é uma resposta à explosão que destruiu a ponte que ligava a península anexada da Crimeia ao território russo.
O Kremlin também considera que Kiev é responsável pela situação por rejeitar as condições de negociação propostas por Moscou.
Com o objetivo de trazer Moscou para a mesa de negociações, a União Europeia aprovou na quinta-feira um nono pacote de sanções, incluindo a proibição de exportar motores de drones para a Rússia ou "países terceiros", como o Irã.
As autoridades militares ucranianas alertam que a Rússia prepara uma ofensiva que inclui uma nova tentativa de captura de Kiev.
O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, alertou que Moscou se prepara para uma "longa guerra" contra a Ucrânia.
"Não devemos subestimar a Rússia", disse Stoltenberg à AFP. "Vemos que estão mobilizando mais forças, que também estão dispostos a sofrer muitas baixas, que estão tentando ter acesso a mais armas e munições", afirmou.
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A operadora nacional ucraniana impôs apagões de emergência na sexta-feira, depois que a Rússia bombardeou massivamente as instalações de energia do país.
O sistema de energia "continua se recuperando", disse a Ukrenergo neste sábado, observando, no entanto, que o déficit de energia ainda é "significativo".
O restabelecimento da energia pode demorar mais em comparação com os bombardeios anteriores devido à extensão dos danos sofridos no norte, centro e sul do país, afirmou a operadora.
Moscou disparou 74 mísseis, a maioria de cruzeiro, na sexta-feira, de acordo com o Exército ucraniano. A defesa antiaérea conseguiu abater 60 deles, acrescentou.
A última onda de ataques russos causou grandes danos e, no sábado, um terço dos moradores de Kiev ainda estava sem energia, de acordo com o prefeito Vitali Klitschko.
As autoridades conseguiram, no entanto, restabelecer o abastecimento de água e o funcionamento do metrô, que havia sido interrompido para que os moradores pudessem usar as estações como abrigo.
Os ataques também deixaram Kharkiv no escuro, a segunda maior cidade da Ucrânia no nordeste, embora a energia tenha sido restaurada neste sábado, de acordo com o governador regional Oleg Sinegubov.
Enquanto Moscou bombardeava a Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu com os principais comandantes encarregados da operação militar naquela ex-república soviética, anunciou o Kremlin no sábado.
"Gostaria de ouvir suas propostas sobre nossas ações a curto e médio prazo", disse Putin na reunião, que contou com a presença do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov. As imagens foram transmitidas neste sábado pela televisão estatal russa.
"Terror indiscriminado"
Após uma série de reveses militares no sul e nordeste da Ucrânia, a Rússia, que lançou uma ofensiva na Ucrânia no final de fevereiro, optou desde outubro por uma tática de ataques em massa contra redes de energia.
O Ministério da Defesa da Rússia disse neste sábado que os ataques visavam instalações militares e de energia ucranianas e também buscavam interromper "a transferência de armas e munições produzidas no exterior".
"Todos os alvos designados foram atingidos", declarou ele em seu relatório diário.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou em nota o "terror indiscriminado" da Rússia sobre a Ucrânia. "Esses ataques cruéis e desumanos visam aumentar o sofrimento humano e privar o povo ucraniano", disse ele.
Em Kiev, as temperaturas na sexta-feira variaram entre 1 e 3 graus abaixo de zero. A capital resistiu a "um dos maiores ataques com mísseis" desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, disse a administração militar da região. As autoridades especificaram que a defesa aérea abateu 37 dos 40 mísseis.
Em Kryvyi Rig (centro), o bombardeio atingiu um prédio residencial. Uma mulher de 64 anos e um jovem casal com um filho pequeno foram mortos, disse o governador regional Valentyn Reznichenko neste sábado. Outras 13 pessoas ficaram feridas, acrescentou.
Em Kherson (sul), recentemente recuperada pelas tropas de Kiev, um bombardeio russo matou um homem de 36 anos e feriu uma mulher de 70 anos, afirmou o governador Yaroslav Yanushevich.
Guerra prolongada
Moscou alega que o bombardeio de instalações de energia ucranianas é uma resposta à explosão que destruiu a ponte que ligava a península anexada da Crimeia ao território russo.
O Kremlin também considera que Kiev é responsável pela situação por rejeitar as condições de negociação propostas por Moscou.
Com o objetivo de trazer Moscou para a mesa de negociações, a União Europeia aprovou na quinta-feira um nono pacote de sanções, incluindo a proibição de exportar motores de drones para a Rússia ou "países terceiros", como o Irã.
As autoridades militares ucranianas alertam que a Rússia prepara uma ofensiva que inclui uma nova tentativa de captura de Kiev.
O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, alertou que Moscou se prepara para uma "longa guerra" contra a Ucrânia.
"Não devemos subestimar a Rússia", disse Stoltenberg à AFP. "Vemos que estão mobilizando mais forças, que também estão dispostos a sofrer muitas baixas, que estão tentando ter acesso a mais armas e munições", afirmou.