array(31) {
["id"]=>
int(129807)
["title"]=>
string(75) "Tribunal holandês exige que Shell reduza em 45% emissões de CO2 até 2030"
["content"]=>
string(4359) "A gigante do petróleo Shell deve reduzir suas emissões de CO2 em 45% até o final de 2030 - ordenou um tribunal holandês nesta quarta-feira (26), após a denúncia de um conjunto de organizações de defesa do meio ambiente.
O caso, chamado "o povo contra a Shell", pode se tornar um precedente nos tribunais do mundo todo, onde denúncias semelhantes estão se multiplicando.
"O tribunal ordena a Royal Dutch Shell que reduza suas emissões de CO2 até o final de 2030 em 45% líquido, em relação a 2019", declarou o juiz durante uma audiência em Haia.
A denúncia foi apresentada em abril de 2019 por Milieudefensie, a filial holandesa da organização internacional Amigos da Terra. Mais de 17.000 holandeses se uniram à denúncia como parte civil.
Junto a outras seis ONGs, entre elas Greenpeace e ActionAid na Holanda, Milieudefensie acusou a Shell de não fazer o suficiente para se alinhar ao Acordo de Paris de combate à mudança climática e denunciou a "destruição do clima" por parte da Shell, uma das maiores empresas de petróleo do mundo.
A empresa afirma que já está tomando medidas para apoiar a transição energética. A Shell também acredita que este processo é uma decisão política e que não há base legal para as denúncias das ONGs.
A Milieudefensie alega que é impossível cumprir o Acordo de Paris sem que "os grandes poluidores, como a Shell", sejam legalmente obrigados a tomarem medidas.
"O caso climático contra a Shell é único, porque é a primeira vez na história que se pede aos tribunais que ordenem a uma empresa que emita menos CO2, alterando sua política", afirmou a Milieudefensie, alguns dias antes do veredicto.
Em fevereiro passado, a multinacional anglo-holandesa anunciou que planeja reduzir - em comparação com 2016 - sua intensidade de carbono líquido (que desconta das emissões as capturas de carbono realizadas por planos financiados pela mesma empresa) em 20% até 2030, em 45% até 2035 e completamente (100%) até 2050. Antes, suas metas eram reduzir 30% até 2035, e 65%, até 2050.
- 'Oportunidade histórica' -
Desde o Acordo de Paris assinado em 2015, cujo objetivo é manter o aumento da temperatura abaixo de 2°C em relação à era pré-industrial, muitas indústrias se comprometeram a reduzir suas emissões de CO2. No entanto, segundo as ONGs, não estão fazendo o suficiente.
"As grandes empresas poluentes como a Shell têm uma enorme responsabilidade no combate à mudança climática", disse a diretora-executiva da ActionAid na Holanda, Marit Maij, antes do anúncio da decisão da corte.
"Esperamos que o juiz aproveite esta oportunidade histórica para que a Shell preste contas de suas ações e garanta que o grupo vai reduzir suas emissões de acordo com o Acordo de Paris", acrescentou.
Em outro julgamento histórico aberto pela organização ambiental Urgenda, o Tribunal Supremo holandês ordenou ao Estado, no ano passado, que reduza suas emissões de gases causadores do efeito estufa em pelo menos 25% até o final de 2020.
Especialmente vulnerável às consequências da mudança climática porque parte do país está abaixo do nível do mar, a Holanda se comprometeu a reduzir suas emissões de dióxido de carbono em 49% até 2030.
"
["author"]=>
string(15) "AFP - EM.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(579842)
["filename"]=>
string(13) "shelldeve.jpg"
["size"]=>
string(5) "64274"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(17) "nova/ftinternnas/"
}
["image_caption"]=>
string(0) ""
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(0) ""
["author_slug"]=>
string(13) "afp-em-com-br"
["views"]=>
int(288)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(71) "tribunal-holandes-exige-que-shell-reduza-em-45-emissoes-de-co2-ate-2030"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-05-26 13:10:36.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-05-26 13:10:36.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-05-26T13:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(30) "nova/ftinternnas/shelldeve.jpg"
}
A gigante do petróleo Shell deve reduzir suas emissões de CO2 em 45% até o final de 2030 - ordenou um tribunal holandês nesta quarta-feira (26), após a denúncia de um conjunto de organizações de defesa do meio ambiente.
O caso, chamado "o povo contra a Shell", pode se tornar um precedente nos tribunais do mundo todo, onde denúncias semelhantes estão se multiplicando.
"O tribunal ordena a Royal Dutch Shell que reduza suas emissões de CO2 até o final de 2030 em 45% líquido, em relação a 2019", declarou o juiz durante uma audiência em Haia.
A denúncia foi apresentada em abril de 2019 por Milieudefensie, a filial holandesa da organização internacional Amigos da Terra. Mais de 17.000 holandeses se uniram à denúncia como parte civil.
Junto a outras seis ONGs, entre elas Greenpeace e ActionAid na Holanda, Milieudefensie acusou a Shell de não fazer o suficiente para se alinhar ao Acordo de Paris de combate à mudança climática e denunciou a "destruição do clima" por parte da Shell, uma das maiores empresas de petróleo do mundo.
A empresa afirma que já está tomando medidas para apoiar a transição energética. A Shell também acredita que este processo é uma decisão política e que não há base legal para as denúncias das ONGs.
A Milieudefensie alega que é impossível cumprir o Acordo de Paris sem que "os grandes poluidores, como a Shell", sejam legalmente obrigados a tomarem medidas.
"O caso climático contra a Shell é único, porque é a primeira vez na história que se pede aos tribunais que ordenem a uma empresa que emita menos CO2, alterando sua política", afirmou a Milieudefensie, alguns dias antes do veredicto.
Em fevereiro passado, a multinacional anglo-holandesa anunciou que planeja reduzir - em comparação com 2016 - sua intensidade de carbono líquido (que desconta das emissões as capturas de carbono realizadas por planos financiados pela mesma empresa) em 20% até 2030, em 45% até 2035 e completamente (100%) até 2050. Antes, suas metas eram reduzir 30% até 2035, e 65%, até 2050.
- 'Oportunidade histórica' -
Desde o Acordo de Paris assinado em 2015, cujo objetivo é manter o aumento da temperatura abaixo de 2°C em relação à era pré-industrial, muitas indústrias se comprometeram a reduzir suas emissões de CO2. No entanto, segundo as ONGs, não estão fazendo o suficiente.
"As grandes empresas poluentes como a Shell têm uma enorme responsabilidade no combate à mudança climática", disse a diretora-executiva da ActionAid na Holanda, Marit Maij, antes do anúncio da decisão da corte.
"Esperamos que o juiz aproveite esta oportunidade histórica para que a Shell preste contas de suas ações e garanta que o grupo vai reduzir suas emissões de acordo com o Acordo de Paris", acrescentou.
Em outro julgamento histórico aberto pela organização ambiental Urgenda, o Tribunal Supremo holandês ordenou ao Estado, no ano passado, que reduza suas emissões de gases causadores do efeito estufa em pelo menos 25% até o final de 2020.
Especialmente vulnerável às consequências da mudança climática porque parte do país está abaixo do nível do mar, a Holanda se comprometeu a reduzir suas emissões de dióxido de carbono em 49% até 2030.