Guru político de Donald Trump e admirado pela família Bolsonaro, o estrategista de extrema direita Steve Bannon deve ser acusado nesta terça-feira (19) de desacato criminal pelo comitê da Câmara dos Representantes que investiga o trágico ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, no dia 6 de janeiro, por simpatizantes do ex-presidente americano. A informação é a jornalista Sandra Cohen, em sua coluna no portal G1.

Embora intimado a depor, Bannon desafiou a comissão e não compareceu à audiência marcada para quinta-feira (14). Em mais uma demonstração de lealdade ao ex-chefe, alegou estar protegido por privilégios executivos, apesar de não integrar o corpo de funcionários da Casa Branca. Por meio de seu advogado, Trump teria instruído quatro ex-assessores a não testemunhar ao Congresso.

A comissão da Câmara quer estabelecer os vínculos entre o ex-presidente e seu conselheiro nos fatos que antecederam o motim do fatídico dia 6, quando uma turba de extremistas incitada por Trump invadiu a sede do Congresso para impedir a legitimação de Joe Biden como presidente dos EUA.

O próprio Bannon admitiu recentemente em seu podcast "War room" ter advertido Trump, antes da posse, a "eliminar o governo Biden ainda no berço, por sua incompetência e ilegitimidade". "O inferno vai implodir", previu o estrategista a seus ouvintes na véspera do ataque.