GUERRA

Nesta quinta-feira (11), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que a Rússia realizou um ataque com mais de 40 mísseis e 40 drones, durante a madrugada, visando infraestruturas essenciais.

"Alguns mísseis e drones Shahed foram abatidos com sucesso. Infelizmente, apenas alguns deles. Os terroristas russos voltaram a atacar infraestruturas essenciais", acrescentou Zelensky.
 
Também no dia anterior, as forças russas atingiram duas centrais energéticas no sul do território ucraniano, causando dois feridos. O exercito de Kiev afirmou que Moscou   prossegue com a estratégia de bombardear a rede ucraniana de fornecimento de energia. Estas ofensivas aconteceram poucos dias apos Zelensky ter alertado que o seu país perderia a guerra se não chegasse à ajuda militar dos Estados Unidos, bloqueada há meses no Congresso norte-americano.
 
Por causa deste bloqueio e às dificuldades de produção militar na Europa, o exército ucraniano enfrenta uma escassez de munições.
 
Já na terça-feira, Kiev comunicou que a Rússia atacou o sul da Ucrânia, contra infraestruturas essenciais de transporte e logística na região de Odessa. “Uma infraestrutura de energia foi danificada e dois funcionários de uma empresa de transporte ficaram feridos”, disse o exército.

Há várias semanas que a Rússia bombardeia as infraestruturas energéticas ucranianas, sobretudo no nordeste, em torno de Kharkiv, mas também em outras regiões, provocando cortes de energia generalizados. As infraestruturas energéticas em Mykolaiv também foram danificadas em resultado do ataque, interrompendo o fornecimento de energia durante várias horas. Não houve vítimas nos ataques, apesar de ter causado um incêndio.
 
Troca de acusações
 
Por sua vez, Moscou acusou a Ucrânia de atacar a central nuclear de Zaporizhia, controlada pelos russos, pelo terceiro dia com um drone. No entanto os oficiais ucranianos negaram que Kiev esteja por detrás desta série de ataques à central nos últimos três dias, incluindo três no domingo. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) advertiu terem posto em perigo a segurança nuclear.

Os serviços secretos militares ucranianos reiteraram inclusive que Kiev não ataca instalações nucleares. "A posição da Ucrânia é clara e inequívoca, não cometemos quaisquer ações militares em instalações nucleares", disse Andriy Yusov, porta-voz da inteligência militar da Ucrânia.
 
A chancelaria ucraniana indicou ainda que a Rússia é a única ameaça à central de Zaporizhia. “Não só se apoderou, militarizou e está tentando sequestrar uma central nuclear, como também a utiliza como plataforma de propaganda", declarou.