Nesta sexta-feira (19), o Kremlin anunciou que decidiu dar início a construção de fortificações na península da Criméia, invadida e anexada pelos russos em 2014.
 
Segundo as autoridades russas, a medida foi tomada após a contraofensiva das forças ucranianas terem recuperado a região de Kherson, que é vizinha da Península da Criméia. "Os trabalhos de fortificação estão sendo realizados e controlados por mim, no território da Criméia, para garantir a segurança dos habitantes", declarou Serguei Akasionov, governador instalado na localidade por Moscou.
 
A região de Kherson representa uma importância simbólica e estratégica, uma vez que foi a única capital de região que as tropas militares russas conseguiram tomar desde o inicio da invasão, em fevereiro. Ao recuperar Kherson, a Ucrânia está cada vez mais próxima da península da Criméia. Além disso, a reconquista deste território por Kiev prejudica e corta a logística dos militares de Moscou, que tinham uma direta ligação terrestre entre a Criméia e a Rússia. A ligação ao Mar Negro também é outra das vantagens na disputa pelo domínio de Kherson.

A região foi uma das quatro que foram anexadas em setembro pelo presidente russo, Vladimir Putin, depois da realização de referendos considerados ilegais pela comunidade internacional.