Nesta quarta-feira (12), o governo russo afirmou que terá de ser informado oficialmente pela administração de Donald Trump sobre o resultado das negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia, na Arábia Saudita, antes de declarar se aceita qualquer proposta de cessar-fogo. No entanto, avançou que analisa a proposta e admitiu a necessidade de haver uma conversa telefônica entre Vladimir Putin e Trump.

“Temos contatos planejados com os americanos nos próximos dias e contamos com isso para nos fornecer informações completas”, indicou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

O ministro da Rússia das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que Moscou vai evitar compromissos que ponham em risco a vida das pessoas.

Mas, reiterou que o Kremlin não aceitará, sob nenhuma condição, a presença de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Ucrânia, caso aconteça um acordo de paz permanente.

 A porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, anunciou que Moscou tomará as suas próprias decisões sobre o conflito na Ucrânia, após Kiev apoiar a proposta da delegação dos EUA para um cessar-fogo de 30 dias. “A posição da Rússia não ocorre no exterior devido a alguns acordos ou esforços de algumas partes. A formação da posição da Rússia tem lugar no interior da Rússia”, reforçou Zakharova.