De acordo com revelações do jornal The New York Times e da CNN, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convocou uma reunião no Salão Oval com assessores que terminou tensa com gritos por conta de uma proposta de anulação da eleição. Candidato à reeleição, Trump foi derrotado pelo democrata Joe Biden.

 
A reunião aconteceu na sexta-feira (18) e contou com a particpação da advogada Sidney Powell e seu cliente, o ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn.

Segundo fontes, alguns dos assessores de Trump criticaram Powell e sugestões estapafúrdias de Flynn sobre a anulação da eleição, que defendeu no início desta semana que Trump poderia invocar a lei marcial como parte de seus esforços para anular a eleição que ele perdeu..
 
"Os assessores da Casa Branca que participaram do encontro, incluindo o chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows e o advogado Pat Cipollone, também resistiram intensamente à sugestão de nomear Powell como advogada especial para investigar as alegações de fraude eleitoral que o próprio governo Trump rejeitou (ou, como parece mais viável, contratá-la no governo para algum tipo de função investigativa). Powell concentrou suas conspirações nas máquinas de votação e sugeriu que um advogado especial inspecionasse as máquinas em busca de falhas", destaca reportagem da CNN.

A emissora destaca que outra ideia que surgiu na reunião para tentar barrar a posse do democrata foi a de um decreto presidencial que permitiria ao governo acessar as urnas para inspecioná-las.


“O clima estava quente. As pessoas brigaram dentro do Salão Oval, foram muito contundentes”, contou uma das fontes.

Além disso, a reportagem descreve que a equipe de Trump está preocupada com os próximos passos que ele pode tomar quando seu mandato terminar.

"No sábado (19), pouco depois da reunião, a equipe de campanha de Trump recebeu uma carta da equipe jurídica, instruindo-os a preservar todos os documentos relacionados à empresa Dominion Voting Systems e à advogada Powell em antecipação a potenciais processos que a empresa pode mover contra a advogada pró-Trump", salienta outro trecho da matéria.

O comunicado, visto pela CNN, faz referência a uma carta que a Dominion enviou a Powell nesta semana exigindo que ela retirasse publicamente suas acusações. O documento instrui a equipe de campanha a não alterar, destruir ou descartar registros que possam ser relevantes.